sábado, 1 de março de 2025

Lucas 6, 39-45 Só Deus pode julgar.

39 Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40 Nenhum discípulo é maior do que o mestre; e todo discípulo bem formado será como o seu mestre. 41 Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho? 42 Como é que você pode dizer ao seu irmão: ‘Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando você não vê a trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão.” Os atos revelam a pessoa -* 43 “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons; 44 porque toda árvore é conhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem se apanham uvas de plantas espinhosas. 45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, mas o homem mau tira do seu mal coisas más, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio.” Comentário: * 37-42: Cf. nota em Mt 7,1-5. Lucas salienta que as relações numa sociedade nova não devem ser de julgamento e condenação, mas de perdão e dom. Só Deus pode julgar. * 43-45: Assim como as árvores são conhecidas pelos frutos, do mesmo modo os homens são conhecidos pelos seus atos. O Evangelho de hoje conclui o “Sermão da planície”, segundo Lucas. O texto apresenta três pequenas parábolas: a do cego, a do cisco no olho e a da árvore e seus frutos. As parábolas do cego e a do cisco no olho são um questionamento a respeito do julgamento que as pessoas tecem sobre os outros. Lucas mostra que devemos ter muito cuidado ao julgar. O julgamento pertence a Deus. É um apelo à autocrítica, a olhar para si antes de ser juiz dos outros. O verdadeiro guia é o Mestre, que deve guiar a conduta dos seus seguidores. Os discípulos podem se tornar cegos, à medida que não conseguem distinguir os verdadeiros valores do Reino de Deus. A terceira parábola revela a pessoa a partir das suas ações. A exemplo da árvore, a pessoa pode ser conhecida pelos seus frutos. Quem tem consciência justa e reta, realiza atos justos e retos. Do coração mau saem coisas más. Do coração bom saem coisas boas. O coração é o tesouro, dele sai o mal ou o bem, a violência ou a paz, a desordem ou a harmonia.

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