terça-feira, 13 de junho de 2023

Mateus 5, 17-19 A lei e a justiça.

-* 17 “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento. 18 Eu garanto a vocês: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem sequer uma letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. 19 Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem os praticar e ensinar, será considerado grande no Reino do Céu. 20 Com efeito, eu lhes garanto: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu.” Comentário: * 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida. Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,38). A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras Sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, foi no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “A caridade é a plenitude da Lei” (Rm 13,10).

Nenhum comentário:

Postar um comentário