terça-feira, 14 de março de 2023

Mateus 5, 17-19 A lei e a justiça.

* 17 “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento. 18 Eu garanto a vocês: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem sequer uma letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. 19 Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem os praticar e ensinar, será considerado grande no Reino do Céu. 20 Com efeito, eu lhes garanto: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu.” Comentário: * 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida. Jesus não se apresenta como grande reformador que derruba por terra tudo o que foi lenta e solidamente edificado ao longo de séculos. Não vem para suprimir a Antiga Aliança, mas para cumpri-la fiel e totalmente. Ele é o ponto de encontro entre o Antigo e o Novo Testamento. Ao dizer que veio realizar toda a Lei e os Profetas, Jesus se refere à genuína Lei de Deus, aquela que foi transmitida a Abraão, a Moisés e aos Profetas. Não se refere a tradições e interpretações acrescentadas pelos fariseus. Os que violam esses preceitos não encontram fechada a porta do Reino, porém são convidados a crescer até atingir a estatura de Jesus Cristo. Só ele é grande, justamente porque manteve sua fidelidade no cumprimento da vontade do Pai, até entregar a própria vida na cruz.

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