quinta-feira, 7 de julho de 2022

Mateus 10, 16-23 Testemunho e perseguição.

* 16 “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17 Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. 18 Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. 19 Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. 20 Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês. 21 O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22 Vocês serão odiados de todos, por causa do meu nome. Mas, aquele que perseverar até o fim, esse será salvo. 23 Quando perseguirem vocês numa cidade, fujam para outra. Eu garanto que vocês não acabarão de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem. Comentário: * 16-25: Os discípulos terão o mesmo destino de Jesus: sofrer as consequências da missão que liberta e dá vida nova. Essa missão atingirá os interesses de muitos e, por isso, provocará a perseguição, a divisão e o ódio, até mesmo dentro das famílias. Muitas vezes poderá levar para a condenação nos tribunais. A missão, porém, é dirigida pelo Espírito de Deus. Por isso, os discípulos perseveram até o fim, sem temor nem aflição, seguros da plena manifestação de Jesus, Senhor e Juiz da história. Jesus previne seus seguidores contra as perseguições que os aguardam e exorta-os a perseverarem firmes até o fim. A autêntica Igreja, fundamentada nos valores do Evangelho, sempre teve e sempre terá resistências por parte daqueles que não se enquadram nos valores pregados pelo Mestre. Por outro lado, Jesus também pede sabedoria aos seus apóstolos e discípulos. A sabedoria da coragem simples que implica fidelidade até as últimas consequências; a sabedoria da prudência que não procura o conflito e a perseguição gratuitamente. O Mestre propõe um programa nada fácil para a Igreja, continuamente tentada a assumir as mesmas atitudes da sociedade injusta e defensora dos poderosos. Quando a Igreja procura se revestir do poderio, ela acaba se afastando do Espírito do Mestre, que sempre viveu de forma simples e despojada.

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