segunda-feira, 4 de julho de 2022

Mateus 9, 32-38 Jesus faz ver e falar.

32 Quando já tinham saído os dois cegos, levaram a Jesus um mudo que estava possuído pelo demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo falou, e as multidões ficaram admiradas, e diziam: “Nunca se viu uma coisa assim em Israel.” 34 Mas os fariseus diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.” A origem da missão -* 35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.” Comentário: * 27-34: A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade. A justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados. * 35-38: Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina. Sempre houve e sempre haverá a luta entre os “espíritos bons” e os “espíritos maus”. É uma luta ferrenha. Os “espíritos maus” procuram calar e paralisar as pessoas; por outro lado, os “espíritos bons” empenham-se para libertar e sarar os atingidos por alguns males. A exemplo de Jesus, as pessoas com “espírito bom” mostram-se sensíveis às dores e aos sofrimentos do povo, muitas vezes abandonado pelos próprios líderes, que deveriam ser os primeiros a se preocupar com isso. Diante de tanto abandono, faz-se necessário que outras pessoas, com a mesma sensibilidade e compaixão do Mestre, assumam o compromisso de dar continuidade à obra do Reino de Deus. Seguir Jesus significa aprender dele a olhar para as multidões angustiadas e abandonadas. O encontro com o Mestre não nos prende a ele, mas abre-nos aos outros.

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