domingo, 13 de março de 2022

Lucas 6, 36-38 A gratuidade nas relações.

36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Só Deus pode julgar -* 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. Comentário: * 27-36: A vida em sociedade é feita de relacionamentos de interesses e reciprocidade, que geram lucro, poder e prestígio. O Evangelho revoluciona o campo das relações humanas, mostrando que, numa sociedade justa e fraterna, as relações devem ser gratuitas, à semelhança do amor misericordioso do Pai. * 37-42: Cf. nota em Mt 7,1-5. Lucas salienta que as relações numa sociedade nova não devem ser de julgamento e condenação, mas de perdão e dom. Só Deus pode julgar. Aquilo que Jesus ensinou a seus discípulos atravessou séculos e é válido para nós ainda hoje. Jesus é desconcertantemente prático; contudo, engana-se quem considera que assumir na própria vida suas palavras seja fácil. Jesus pede de seus seguidores, de nós, a conversão do coração e da mente; que rompamos os esquemas que separam e tornam irmãos rivais e nos abramos à fraternidade plena e verdadeira. Não se trata aqui de um “jogo de conveniência”, mas de novo estilo de vida, em que a palavra de ordem é “amor”. Na dinâmica proposta por Jesus, não há maiores ou menores; grandes ou pequenos; superiores e inferiores. Jesus, com suas palavras, seus ensinamentos e sua vida, quer instaurar o Reino de Deus onde todos tenham lugar garantido e sua dignidade assegurada. Não somos juízes de ninguém; somos irmãos uns dos outros.

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