terça-feira, 22 de março de 2022

Mateus 5, 17-19 A lei e a justiça.

17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos céus”. Comentário: * 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida. Jesus é a plenitude da Lei; contudo, sua presença e missão não cancelam a tradição e a Lei que regeram o povo até aquele momento. Entretanto, com Jesus, a Lei chega a seu ápice ou é retomada em seu sentido original, ou seja, promover a vida de todo ser humano sem distinção. De outra sorte, quem não cumpre a Lei ou quem incentiva o seu descumprimento, será considerado menor no Reino dos Céus. Jesus não é um revolucionário inconsequente; ele tem plena consciência de seus atos, pois refletem a vontade do Pai que o enviou. Como essa palavra pode nos iluminar? Certamente, considerando o caminho daqueles que vieram antes de nós e conhecendo a tradição e as leis que devem promover e garantir a vida. Não se cria nada do nada, ou seja, é preciso saber quais são nossas origens e fundamentos de fé para viver plenamente nosso chamado.

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