sexta-feira, 25 de março de 2022

Lucas 18, 9-14 A justificação é dom de Deus.

9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’ 14Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”. Comentário: * 9-14: Não basta ser perseverante e insistente. É preciso reconhecer e confessar a própria pequenez, recorrendo à misericórdia de Deus. De nada adianta o homem justificar a si mesmo, pois a justificação é dom de Deus. Embora as palavras sejam claras e diretas, nem sempre somos capazes de compreendê-las ou não queremos compreendê-las. Aquele que se reconhece como justo coloca-se acima dos outros, pois julga-se próximo de Deus e cumpridor de todos os preceitos que o livrariam da condição de pecador. Com isso, no mínimo, essa pessoa atrai sobre si o pecado da arrogância, pois ela se torna a medida de todas as coisas, e não mais Deus. Por sua vez, quem reconhece sua condição de ser humano frágil e está sempre a caminho, sabe que precisa melhorar e recorre a Deus em sua necessidade. O coração humilde encontra repouso em Deus e nele confia; o coração arrogante acredita ter encontrado com suas próprias forças o caminho da plenitude. Todo ser humano vive um grande processo de conversão, alguns, porém, tentam ignorar sua pequenez.

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