sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Mateus 5, 43-48 Amar como o Pai ama.

  43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

Comentário:

* 43-48: O Evangelho abre a perspectiva do relacionamento humano para além das fronteiras que os homens costumam construir. Amar o inimigo é entrar em relação concreta com aquele que também é amado por Deus, mas que se apresenta como problema para mim. Os conflitos também são uma tarefa do amor. O v. 48 é a conclusão e a chave para se compreender todo o conjunto formado por 5,17-47: os discípulos são convidados a um comportamento que os torne filhos testemunhando a justiça do Pai. Sobre os cobradores de impostos, cf. nota em Mc 2,13-17.

O texto de hoje faz parte do Sermão da Montanha. Jesus nos pede algo muito difícil: amar até os inimigos e fazer o bem a quem nos prejudica. Com essas recomendações, o Mestre quer acabar com as barreiras que construímos para legitimar nossas opções religiosas, sociais, políticas e econômicas. A Palavra de Deus nunca pode ser usada para discriminar e odiar as pessoas. As propostas de Jesus são necessárias para sermos de fato “filhos e filhas do Pai celeste”. A sociedade moderna parece ter despertado o ódio entre as pessoas, coisa que nem o Antigo Testamento propunha. O Pai celeste procura ser bom para com todos e espera o mesmo de cada um que se considera filho seu. A conclusão do Evangelho de hoje – ser perfeito como o Pai – abre o caminho para um processo contínuo de conversão e de superação discriminatória.

ORAÇÃO
Divino Mestre, tu nos dás uma ordem no mínimo desconcertante: a de amar nossos inimigos. No entanto, o afirmas com base na perfeição do Pai celeste, que acode a bons e maus, a justos e injustos. Deus não faz acepção de pessoas. Dá-nos, Senhor, disposição para cumprir essa exigência divina. Amém.

 

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