sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Marcos 2, 13-17 Jesus rejeita a hipocrisia social.

 13Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?” 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

Comentário:

* 13-17: Os cobradores de impostos eram desprezados e marginalizados porque colaboravam com a dominação romana, cobrando imposto e, em geral, aproveitando para roubar. Jesus rompe os esquemas sociais que dividem os homens em bons e maus, puros e impuros. Chamando um cobrador de impostos para ser seu discípulo, e comendo com os pecadores, Jesus mostra que sua missão é reunir e salvar aqueles que a sociedade hipócrita rejeita como maus.

Jesus normalmente dá preferência aos pobres; neste episódio, porém, apresenta-se em companhia de ricos, e, ainda por cima, ricos de má reputação. Levi, embora de origem judaica, pela sua profissão – cobrador de impostos -, é considerado um descrente sem lei, praticamente um pagão. Também os que estavam marginalizados e excluídos da aliança podem fazer parte do Reino de Deus. A serena convivência de Jesus com os cobradores de impostos gera pesada censura dos doutores da Lei. Não aceitam que Jesus se misture com pessoas que eles consideram pecadoras. Estão longe de entender que Jesus veio justamente para salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Veio para salvar a todos, independentemente de sua situação. No final, Jesus esclarece por que procede desse modo (cf. v. 17).

ORAÇÃO
Ó Jesus, divino Mestre, desta vez ensinas as multidões, à beira-mar. Ao passares, convidas um cobrador de impostos para te seguir. És criticado por comeres em companhia de pecadores e cobradores de impostos. Ao responderes, esclareces tua missão, já que não vieste chamar justos, e sim pecadores. Amém.

 

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