* 43 “Vocês ouviram o que
foi dito: ‘Ame
o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’
44 Eu, porém, lhes digo:
amem os seus inimigos,
e rezem por aqueles
que perseguem vocês!
45 Assim vocês
se tornarão filhos
do Pai que está
no céu, porque ele faz o sol nascer
sobre maus e bons,
e a chuva cair sobre justos e injustos.
46 Pois, se vocês
amam somente aqueles
que os amam, que
recompensa vocês
terão? Os cobradores
de impostos não
fazem a mesma
coisa? 47 E se vocês
cumprimentam somente seus irmãos,
o que é que vocês
fazem de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48 Portanto, sejam
perfeitos como é perfeito
o Pai de vocês que está no céu.”
Comentário:
*
43-48:
O Evangelho abre a perspectiva do relacionamento humano para além das
fronteiras que os homens costumam construir. Amar o inimigo é entrar em relação
concreta com aquele que também é amado por Deus, mas que se apresenta como
problema para mim. Os conflitos também são uma tarefa do amor. O v. 48 é a
conclusão e a chave para se compreender todo o conjunto formado por 5,17-47: os
discípulos são convidados a um comportamento que os torne filhos testemunhando
a justiça do Pai. Sobre os cobradores de impostos, cf. nota em Mc 2,13-17.
A seus discípulos
Jesus tem recomendado não revidar o mal com o mal; ao contrário, ao mal devem
responder com atitudes de bondade. Nesta breve passagem, o Mestre pede um passo
avante: amar os inimigos e rezar por aqueles que os perseguem. O próprio Jesus
havia dado mostras de amar seus adversários, aqueles que o desprezavam e
tramavam sua morte. Na cruz, dirigiu palavras de perdão aos que o tinham
crucificado. As exigências de Jesus têm como objetivo formar comunidades que se
espelham no Pai celeste, cuja misericórdia é sem medida. Se a comunidade de
Jesus não se pautar por esses princípios, respondam-me: Em que será melhor que
as outras? O modelo perfeito de amor é o Pai celeste. Jesus, perfeito como o
Pai, nos mostrou que o caminho da perfeição do amor é possível.
Oração
Divino Mestre, Jesus
Cristo, reconhecemos não ser fácil amar os nossos inimigos ou implorar as
bênçãos divinas sobre os que falam mal de nós. Dá-nos, Senhor, coração disposto
a imitar o Pai celeste, que “faz seu sol nascer sobre malvados e bons, e faz
chover sobre justos e injustos”. Amém.
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