segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

1 João 3, 22-4,6 Praticar o amor.


22 e recebemos tudo o que lhe pedimos, porque cumprimos os seus mandamentos e fazemos o que agrada a ele. 23 E o seu mandamento é este: que tenhamos no nome do seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros, conforme ele nos mandou. 24 Quem cumpre os mandamentos dele, está com Deus, e Deus está com ele. Assim, graças ao Espírito que ele nos deu, reconhecemos que Deus está conosco.
Saber discernir -* 1 Amados, não dêem crédito a todos os que se dizem inspirados; antes, examinem os espíritos, para saber se vêm de Deus, pois no mundo apareceram muitos falsos profetas. 2 Para saber se alguém é inspirado por Deus, sigam esta norma: fala da parte de Deus todo aquele que reconhece que Jesus Cristo se encarnou. 3 Todo aquele que não reconhece a Jesus, não fala da parte de Deus. Esse tal é o espírito do Anticristo; vocês ouviram dizer que ele vinha, mas ele está no mundo.
4 Filhinhos, vocês são de Deus e venceram os Anticristos, pois aquele que está com vocês é maior do que aquele que está com o mundo. 5 Eles pertencem ao mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo os ouve. 6 Nós, porém, somos de Deus. Por isso, quem conhece a Deus, nos ouve; e quem não é de Deus, não nos ouve. Com isso podemos distinguir o espírito da Verdade do espírito do erro.
Comentário:
* 11-24: O dom do Espírito produz nas pessoas a contínua memória e compreensão sobre a pessoa de Jesus (cf. Jo 14,26). É o Espírito, portanto, que gera a fé em Jesus e fé é compromisso que produz vida nova. Essa vida, porém, não se traduz apenas por um conhecimento intelectual, mas pela prática do mandamento do amor, que não significa apenas amar com sentimento e com afeto, mas através de ações concretas que promovam a vida e a liberdade dos irmãos. A prática do amor não tem limites, pois devemos amar como Jesus amou: assim como ele foi até o fim dando sua vida por nós, também nós devemos dar a vida pelos irmãos. O Evangelho não pede que sejamos perfeitos para depois amar; pede-nos, sim, que amemos concretamente, certos de que Deus é maior do que a nossa consciência e compreende e perdoa todas as nossas imperfeições.
* 4,1-6: Os cristãos se deparam continuamente com religiões, projetos políticos, propostas sociais, sistemas de pensamento, e todos eles se apresentam como salvadores. Como discernir o que vem de Deus e o que é tapeação que vem do mundo? Como distinguir a verdade do erro? João nos mostra que o critério está no projeto que Deus manifestou através de Jesus encarnado: ele realizou uma prática que promovia a vida e a liberdade dos homens. Todo projeto (religião, pensamento, sistema ou proposta) que não coincida com a prática de Jesus não vem de Deus.
João Batista tinha-nos garantido que depois dele viria alguém superior a ele. Eis que de Nazaré vem Jesus. Deixa sua cidade e desloca- se para Cafarnaum, que se encontra numa região oprimida e explorada, distante do poder central (Jerusalém). O povo sofrido e marginalizado desse lugar “viu uma grande luz”. A luz é a presença de Jesus que inaugura o Reino de Deus, com palavras de ordem: “Arrependam-se, porque o Reino de Deus está próximo”. Os sinais da presença do Reino são visíveis, e os que se abrem ao anúncio de Jesus podem usufruir de seus gestos libertadores: ele cura diversas enfermidades e expulsa demônios. O Messias causa verdadeira reviravolta não apenas onde desenvolve sua missão, mas também atraindo multidões dos lugares mais distantes.
Oração
Ó Jesus, incansável missionário, foste morar em Cafarnaum, onde te tornaste viva esperança de libertação aos que “estavam assentados na região sombria da morte”. Começaste a anunciar o Reino de Deus, cujos sinais realizavas, ensinando nas sinagogas e curando toda doença e enfermidade. Amém.

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