* 46 Jesus ainda estava falando às multidões. Sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.” 48 Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, 50 pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Comentário:
Com habilidade, Jesus aproveita toda
circunstância para esclarecer a natureza de sua nova família. Nesse episódio,
serve-se da chegada de sua mãe e dos parentes. Querem falar com ele, que fala
para “as multidões”. Sua mãe deve ter-se lembrado daquela expressão um tanto
misteriosa que ouvira do filho com doze anos: “Não sabiam que eu devo estar
ocupado com as coisas do meu Pai?”. Nada, porém, indica que Jesus tenha
esboçado alguma indiferença ou repulsa em relação aos familiares
recém-chegados. Apenas deixa claro que daí em diante seus familiares, seus
íntimos, são os que fazem a vontade do Pai. Fica estabelecido o critério para
sabermos qual é o grau de nossa familiaridade com Jesus: não é o sangue, mas
nossa adesão incondicional a ele e ao Pai. Ninguém cumpriu a vontade do Pai
como Maria.
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