* 34 “Não pensem que
eu vim trazer
paz à terra;
eu não vim
trazer a paz,
e sim a espada.
35 De fato,
eu vim separar
o filho de seu pai,
a filha de sua mãe,
a nora de sua sogra.
36 E os inimigos
do homem serão
os seus próprios
familiares. 37 Quem
ama seu pai
ou mãe
mais do que
a mim, não
é digno de mim. Quem
ama seu filho
ou sua filha
mais do que
a mim, não
é digno de mim. 38 Quem
não toma
a sua cruz
e não me segue,
não é digno
de mim. 39 Quem
procura conservar
a própria vida,
vai perdê-la.
E quem perde
a sua vida por causa
de mim, vai
encontrá-la.”
Jesus
se identifica com os pequeninos -* 40 “Quem recebe
a vocês, recebe
a mim; e quem
me recebe, recebe
aquele que
me enviou. 41 Quem
recebe um profeta,
por ser profeta,
receberá a recompensa de profeta.
E quem recebe
um justo, por ser
justo, receberá
a recompensa de justo.
42 Quem
der ainda
que seja
apenas um copo
de água fria a um desses
pequeninos, por ser
meu discípulo, eu garanto
a vocês: não
perderá a sua recompensa.”
Jesus é
o Messias? -* 1 Quando
Jesus terminou de dar essas
instruções aos seus doze
discípulos, partiu
daí, a fim
de ensinar e pregar
nas cidades deles.
Comentário:
* 11,1-6: Será que Jesus é verdadeiramente o Messias esperado? A resposta não é
dada em palavras, porque o messianismo não é simples idéia ou teoria. É uma
atividade concreta que realiza o que se espera da era messiânica: a libertação
dos pobres e oprimidos.
Nem
todos aceitam as exigências do Reino de justiça e paz que Jesus veio
estabelecer neste mundo. Os que defendem uma sociedade assentada no poder, na
riqueza e numa vida egoísta, dificilmente vão acolher o Messias com sua
mensagem de amor filial a Deus e de comunhão fraterna. A uma sociedade injusta
e opressora Jesus contrapõe os valores da paz. Não que Jesus declare guerra
abertamente; é sua mensagem que provoca a hostilidade dos que a rejeitam; esses
é que empunham a espada (divisão). Vêm à nossa mente as palavras do velho
Simeão, quando da apresentação de Jesus no Templo: “Eis que este menino
será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel” (Lc 2,34). O próprio
Jesus mostra que é de outra natureza a paz que ele nos dá: “A paz que lhes dou
não é como a paz que o mundo dá” (Jo 14,27).
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