* 27 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério’. 28
Eu, porém,
lhes digo:
todo
aquele
que
olha
para uma mulher
e deseja
possuí-la,
já
cometeu
adultério
com ela no coração.
29 Se o olho direito leva você a pecar, arranque-o e jogue-o fora! É melhor perder um membro, do que o seu corpo todo ser jogado no inferno. 30
Se a mão
direita
leva
você
a pecar,
corte-a
e jogue-a
fora!
É melhor
perder
um membro
do que
o seu corpo
todo
ir
para o inferno.
31 Também foi dito: ‘Quem se divorciar de
sua mulher,
lhe dê
uma certidão
de divórcio’.
32 Eu, porém,
lhes digo:
todo
aquele
que
se divorcia
de sua mulher,
a não
ser
por causa
de fornicação,
faz
com que
ela se torne
adúltera;
e quem
se casa
com a mulher
divorciada,
comete
adultério.”
Comentário:
*
27-32: Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade
matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar
de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode
referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que
trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29).
Conforme
a lei antiga do Primeiro Testamento, pelo matrimônio a mulher começava a fazer
parte dos bens do homem. Ora, isso dava margem para a desigualdade entre homem
e mulher e consequentemente levava o homem a oprimir a mulher. Jesus quer
corrigir essa prática que é contrária ao projeto de Deus. Ou seja, Deus quer a
igualdade da mulher e do homem. Por isso, ele exige a transformação do coração
humano. O olhar impuro do desejo abre caminho à traição. Se a intenção é má,
deve ser arrancada antes que se torne ato. Não se trata de constatar as ações
externas (entre elas, o adultério), para puni-las com leis, mas sanar as
intenções mais secretas da pessoa. Quanto ao divórcio, abolida a tolerância da
lei de Moisés, o matrimônio torna-se livre escolha de amor fiel, com que o
casal se compromete para sempre.
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