4 Nós temos um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus. Por isso, mantenhamos firme a fé que professamos.
Jesus é misericordioso com os
homens -* 15 De fato,
não
temos
um sumo
sacerdote
incapaz
de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado como nós, em todas as coisas, menos no pecado. 16 Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórdia, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno.
7 Durante a sua vida
na terra,
Cristo
fez
orações
e súplicas
a Deus,
em alta
voz
e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte. E Deus o escutou, porque ele foi submisso. 8 Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos. 9 E, depois de perfeito, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos aqueles que lhe obedecem.
Comentário:
* 3,1-5,10: A aliança no deserto sempre foi o ponto de referência para os
judeus. Aí se concentrava toda a vida do povo: a Lei e a autoridade (Moisés), o
sacrifício e o culto (Aarão). Mas isso era provisório, e ficou superado em
vista da obra realizada por Jesus (3,1-4,14). De fato, plenamente fiel a Deus e
misericordioso para com os homens (4,15-5,8), Jesus estabelece uma nova
aliança, da qual ele é a única autoridade e o sumo sacerdote. O autor insere
aqui uma longa exortação sobre a seriedade do compromisso cristão.
* 3,7-4,14: Após uma exposição sobre a
fidelidade de Jesus, o autor faz longa exortação, mostrando que os cristãos
devem ser fiéis, professando a fé em Jesus. Moisés e Josué não conseguiram
introduzir o povo no descanso de Deus, porque o povo se revoltou e foi infiel a
Deus tanto no deserto como em Canaã. Jesus é o novo Josué, é o guia do novo
povo de Deus. Ele alcançou a verdadeira terra prometida, o verdadeiro descanso.
Os cristãos não devem ser infiéis, como o povo israelita no deserto, mas
acreditar em Jesus e segui-lo, para também eles chegarem ao descanso prometido.
* 4,15-5,10: Os cristãos não devem temer a Jesus, mas aproximar-se dele
confiantes, certos de sua acolhida misericordiosa. A figura do sumo sacerdote
se realiza plenamente em Jesus, de modo superior ao sacerdócio de Aarão e de
qualquer liturgia terrena. Cristo atravessou o céu (4,14) e, ressuscitado, vive
para sempre aquela “justa compaixão” que testemunhou aos homens no momento da
Paixão. Como Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedec, Jesus se
empenha para sempre, com toda a sua pessoa, na súplica e no sacrifício. A
Paixão é vista aqui como a mais solene prece de intercessão e o mais sublime
ato de obediência.
Os vv. 9-10 anunciam o tema da
próxima parte: levado à perfeição, Jesus tornou-se o princípio de salvação
eterna, pois recebeu de Deus o título de sumo sacerdote.
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