32
Quando já tinham saído os dois cegos, levaram a Jesus um mudo que estava possuído pelo demônio. 33
Quando o demônio foi expulso, o mudo falou, e as multidões ficaram admiradas, e diziam: “Nunca se viu uma coisa assim em Israel.” 34 Mas os fariseus diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios.”
A
origem da missão -*
35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em
suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36
Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então Jesus disse a seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos! 38 Por
isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita.”
Comentário:
* 27-34:
A justiça do Reino liberta os homens para o discernimento (ver) e expulsa a
alienação (demônio) que impede de dizer a palavra que transforma a realidade. A
justiça libertadora, porém, provoca a oposição daqueles que querem apossar-se
da salvação, para restringi-la a pequeno grupo de privilegiados.
* 35-38:
Mateus apresenta um resumo da atividade de Jesus (cf. 4,23), mostrando a raiz
da ação dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é,
a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita
de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a
preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da
necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina.
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