sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Lucas 6, 1-5 Jesus liberta da lei.

* 1 Num dia de sábado, Jesus estava passando por uns campos de trigo. Os discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2 Então alguns fariseus disseram: “Por que vocês estão fazendo o que não é permitido em dia de sábado?” 3 Jesus respondeu: “Então vocês não leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam sentindo fome? 4 Davi entrou na casa de Deus, pegou e comeu dos pães oferecidos a Deus, e ainda os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães.” 5 E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor do sábado.” Comentário: * 1-5: Sendo senhor do sábado, Jesus está acima das leis, mesmo religiosas, que os homens elaboram. Ele relativiza essas leis, mostrando que elas não têm sentido quando impedem o homem de ter acesso aos bens necessários para a própria sobrevivência. Os pães da oferta citados por Jesus eram doze pães dispostos em duas fileiras dentro do templo, sobre uma mesa diante do Santo dos santos. Eram renovados uma vez na semana, a cada sábado, e, por serem consagrados, só podiam ser comidos pelos sacerdotes. O exemplo citado aos fariseus tem por objetivo mostrar como as leis foram sendo deturpadas ao longo do tempo por uma leitura interesseira de certas pessoas e que Jesus está acima de qualquer lei humana, pois é o Filho de Deus e se orienta pela lei celeste. Ser discípulo de Jesus é muito mais do que ser cumpridor de normas, é essencialmente promover, em todos os âmbitos, a vida nova e restaurar a dignidade humana, tal como o fez Cristo, que é o caminho que nos conduz à vida verdadeira.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Lucas 5, 33-39 Jesus provoca ruptura.

* 33 Eles disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem.” 34 Mas Jesus disse: “Vocês acham que os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35 Mas vão chegar dias em que o noivo será tirado do meio deles; nesses dias eles vão jejuar.” 36 Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para remendar roupa velha; senão, vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combina com a roupa velha. 37 Ninguém coloca vinho novo em barris velhos; porque, de fato, o vinho novo arrebenta os barris velhos, e se derrama, e os barris se perdem. 38 Vinho novo deve ser colocado em barris novos. 39 E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor.” Comentário: * 33-39: Cf. nota em Mc 2,18-22. Lucas salienta que quem está habituado às estruturas do velho sistema, e não se predispõe à mudança, jamais aceita a novidade trazida por Jesus (v. 39). O jejum é símbolo da penitência, da preparação do nosso corpo para o encontro com o Messias. Uma vez que Cristo está presente, é motivo para festa, e não para jejum. Em outras palavras, Cristo dá início a uma vida nova, uma nova criação, por isso seus discípulos devem ser criaturas novas, com novas práticas, leis e doutrinas, que se baseiam unicamente no amor. Ser cristão é assumir uma relação íntima e pessoal com Jesus, é fundir nossos interesses e alegrias com os de Jesus, é seguir Jesus em tudo, na alegria e na dor, na festa e na cruz. Somente com uma mentalidade totalmente nova essa unidade é possível, a mentalidade que podemos encontrar nos apóstolos, que simbolizam a Igreja nascente.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Lucas 5, 1-11 O seguimento de Jesus.

* 1 Certo dia, Jesus estava na margem do lago de Genesaré. A multidão se apertava ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago; os pescadores haviam desembarcado, e lavavam as redes. 3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca.” 5 Simão respondeu: “Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes.” 6 Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se arrebentavam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que fossem ajudá-los. Eles foram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8 Ao ver isso, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9 É que o espanto tinha tomado conta de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Mas Jesus disse a Simão: “Não tenha medo! De hoje em diante você será pescador de homens.” 11 Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo, e seguiram a Jesus. Comentário: * 1-11: A cena é simbólica. Jesus chama seus primeiros discípulos, mostrando-lhes qual a missão reservada a eles: fazer que os homens participem da libertação trazida por Jesus e que só pode realizar-se no seguimento dele, mediante a união com ele e sua missão. O convite ao seguimento é exigente: é preciso “deixar tudo”, para que nada impeça o discípulo de anunciar a Boa Notícia do Reino. Hoje Lucas narra o primeiro encontro de Jesus com Pedro e os irmãos Tiago e João, seus primeiros discípulos. O lago de Genesaré, onde pescavam, é o mesmo mar de Tiberíades (mencionado por João) ou mar da Galileia (em Marcos e Mateus). O Evangelho nos mostra que o esforço humano, sem Deus, não produz fruto, por isso Pedro exclama: “Trabalhamos duramente a noite toda e não pescamos nada”. A exclamação de Pedro é semelhante ao grito de muitos homens e mulheres de hoje, que dizem: “Trabalhei a minha vida toda para nada”. Um famoso autor contemporâneo, Byung-Chul Han, traduz esse fenômeno numa expressão que dá título ao seu livro mais conhecido: Sociedade do cansaço. Fala de uma sociedade que vive cansada por não ter objetivos claros, por não saber para onde ir. Nós, cristãos, podemos afirmar que a sociedade está “cansada” porque caminha sem Deus.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Lucas 4, 38-44 Ser livre para servir.

* 38 Jesus saiu da sinagoga, e foi para a casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39 Inclinando-se para ela, Jesus ameaçou a febre, e esta deixou a mulher. Então, no mesmo instante, ela se levantou, e começou a servi-los. 40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levavam a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles, e os curava. 41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus.” Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque os demônios sabiam que ele era o Messias. Jesus anuncia o Reino -* 42 Ao raiar do dia, Jesus saiu, e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam, e, indo até ele, não queriam deixá-lo que fosse embora. 43 Mas Jesus disse: “Devo anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também para as outras cidades, porque para isso é que fui enviado.” 44 E Jesus pregava nas sinagogas da Judéia. Comentário: * 38-41: Cf. nota em Mc 1, 29-34: Para os antigos, a febre era de origem demoníaca. Libertos do demônio, os homens podem levantar-se e pôr-se a serviço. Os demônios reconhecem quem é Jesus, porque sentem que a palavra e ação dele ameaça o domínio que eles têm sobre o homem. * 42-44: A Boa Notícia do Reino é o amor de Deus que provoca a transformação radical das estruturas que escravizam os homens. Para anunciá-la, Jesus vai ao encontro daqueles que ainda não a conhecem. Lucas nos relata uma série de curas realizadas por Jesus, iniciando pela cura da sogra de Pedro. A proximidade assinalada pela imposição das mãos ou pelo toque é um elemento importante nesses relatos, pois realiza e expressa a transmissão do poder curador a cada doente em particular. No final, Jesus anuncia que deve ir a outros lugares, pois todos merecem receber o Evangelho da salvação. Seguir Jesus significa estar em constante movimento. Significa não se acomodar, mas estar em ação e ir ao encontro das pessoas e situações que necessitem de ajuda e apoio. Jesus cura, expulsa demônios, reza, ensina… Quem quiser segui-lo, deve fazer o mesmo, deixando que a Palavra produza frutos exteriores e interiores. Inspirado pelo Espírito, o discípulo de Jesus continua no mundo sua missão de semeador da esperança e da libertação.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Lucas 4, 31-37 Jesus liberta da alienação.

-* 31 Jesus foi a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava aos sábados. 32 As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33 Na sinagoga havia um homem possuído pelo espírito de um demônio mau, que gritou em alta voz: 34 “O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!” 35 Jesus o ameaçou, dizendo: “Cale-se, e saia dele!” Então o demônio jogou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36 O espanto tomou conta de todos, e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos maus com autoridade e poder, e eles saem.” 37 E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza. Comentário: * 31-37: Cf. nota em Mc 1,21-28: A ação demoníaca escraviza e aliena o homem, impedindo-o de pensar e de agir por si mesmo (por exemplo: ideologias, propagandas, estruturas, sistemas etc.): outros pensam e agem através dele. O primeiro milagre de Jesus é fazer o homem voltar à consciência e à liberdade. Só assim o homem pode segui-lo. Marcos não diz qual era o ensinamento de Jesus; contudo, mencionando-o junto com uma ação de cura, ele sugere que o ensinamento com autoridade repousa numa prática concreta de libertação: com sua ação Jesus interpreta as Escrituras de modo superior a toda a cultura dos doutores da Lei. O mal faz parte do mundo. De diversos modos, os poderes espirituais do mal conspiram contra o ser humano, mesmo nos lugares mais santos. Por isso rezamos regularmente, na oração que Jesus nos ensinou: “Livrai-nos do mal”. Ao vencer os demônios, símbolo do mal e do pecado, Jesus cumpre o plano de Deus. Sua ação messiânica é exatamente eliminar pela raiz esse poder que corrompe o ser humano e a sociedade. Através do testemunho de fé, o cristão (filho da luz) realiza a mesma missão e, por isso, deve constantemente denunciar e combater o mal que vê no mundo (as trevas). É interessante notar que a expressão “Santo de Deus”, utilizada nesta narrativa, aparece apenas uma vez no Evangelho de Lucas e outras duas em todo o Novo Testamento.

domingo, 31 de agosto de 2025

Lucas 4, 16-30 O programa da atividade de Jesus.

6 Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: 18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.” 20 Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir.” Reação do povo -* 22 Todos aprovavam Jesus, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Este não é o filho de José?” 23 Mas Jesus disse: “Sem dúvida vocês vão repetir para mim o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.” 24 E acrescentou: “Eu garanto a vocês: nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25 De fato, eu lhes digo que havia muitas viúvas em Israel, no tempo do profeta Elias, quando não vinha chuva do céu durante três anos e seis meses, e houve grande fome em toda a região. 26 No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, e sim a uma viúva estrangeira, que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27 Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu. Apesar disso, nenhum deles foi curado, a não ser o estrangeiro Naamã, que era sírio.” 28 Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29 Levantaram-se, e expulsaram Jesus da cidade. E o levaram até o alto do monte, sobre o qual a cidade estava construída, com intenção de lançá-lo no precipício. 30 Mas Jesus, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Comentário: * 14-21: Colocada no início da vida pública de Jesus, esta passagem constitui, conforme Lucas, o programa de toda a atividade de Jesus. Is 61,1-2 anunciara que o Messias iria realizar a missão libertadora dos pobres e oprimidos. Jesus aplica a passagem a si mesmo, assumindo-a no hoje concreto em que se encontra. No ano da graça eram perdoadas todas as dívidas e se redistribuíam fraternalmente todas as terras e propriedades: Jesus encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, que tornam possíveis a igualdade, a fraternidade e a comunhão. * 22-30: A dúvida e a rejeição de Jesus por parte de seus compatriotas fazem prever a hostilidade e a rejeição de toda a atividade de Jesus por parte de todo o seu povo. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que engloba toda a humanidade. Lucas inicia a apresentação da vida pública de Jesus com as tentações no deserto (Lc 4,1-13). Logo a seguir, inclui o episódio que hoje meditamos – Jesus ensinando na Sinagoga -, que assinala o início da atividade de Jesus na Galileia. A passagem do livro de Isaías que Jesus proclama ao povo de Nazaré é bastante significativa, pois constitui o programa de toda a sua atividade: veio para restituir a vista aos cegos, a liberdade aos oprimidos e para proclamar o ano da graça do Senhor. Sua missão é tornar concreta a igualdade, a fraternidade e a comunhão, mesmo enfrentando muitas resistências. Quando lemos a Sagrada Escritura na liturgia, é o próprio Cristo quem nos fala; por isso, o “hoje” citado no Evangelho é o tempo presente de quem escuta a Palavra de Deus e acredita que Cristo está no meio de nós, atuando em nós e por nós.

sábado, 30 de agosto de 2025

Lucas 14, 1.7-14 Festejar o sábado é dar vida aos homens.

* 1 Num dia de sábado aconteceu que Jesus foi comer em casa de um dos chefes dos fariseus, que o observavam. A verdadeira honra -* 7 Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou a eles uma parábola: 8 “Se alguém convida você para uma festa de casamento, não ocupe o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que você; 9 e o dono da casa, que convidou os dois, venha dizer a você: ‘Dê o lugar para ele’. Então você ficará envergonhado e irá ocupar o último lugar. 10 Pelo contrário, quando você for convidado, vá sentar-se no último lugar. Assim, quando chegar quem o convidou, ele dirá a você: ‘Amigo, venha mais para cima’. E isso vai ser uma honra para você na presença de todos os convidados. 11 De fato, quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.” 12 Jesus disse também ao fariseu que o tinha convidado: “Quando você der um almoço ou jantar, não convide amigos, nem irmãos, nem parentes, nem vizinhos ricos. Porque esses irão, em troca, convidar você. E isso será para você recompensa. 13 Pelo contrário, quando você der uma festa, convide pobres, aleijados, mancos e cegos. 14 Então você será feliz! Porque eles não lhe podem retribuir. E você receberá a recompensa na ressurreição dos justos.” Comentário: * 14,1-6: A lei do sábado deve ser interpretada como libertação e vida para o homem. * 7-14: Nos vv. 8-11, Jesus critica o conceito de honra baseado no orgulho e ambição, que geram aparências de justiça, mas escondem os maiores contrastes sociais. A honra do homem depende de Deus, o único que conhece a situação real e global do homem; essa honra supera a crença que o homem pode ter nos seus próprios méritos. Nos vv. 12-14, Jesus mostra que o amor verdadeiro não é comércio, mas serviço gratuito, pois o pobre não pode pagar e o inimigo não pode merecer. Só Deus pode retribuir ao amor gratuito. Em dia de sábado, a caminho de Jerusalém, Jesus dá uma parada e vai se alimentar na casa de um chefe dos fariseus. Diz o Evangelho que “eles o observavam”. A impressão é a de que estavam à procura de algum deslize de Jesus para acusá-lo. Jesus observa que todos procuram o lugar mais importante. Ele desmascara a competitividade social: estar sempre em primeiro lugar, para ter privilégios e mordomias. Diante daquilo que vê, o Mestre conta uma parábola, exaltando, como é próprio de Lucas, os pobres e injustiçados. Eles são os primeiros a serem convidados ao banquete do Reino de Deus. E convida os discípulos a se colocarem no último lugar, onde se encontram os empobrecidos. A atenção deve ser dada aos mais pobres, pois esses não têm condições de retribuir. Isso nos educa à prática da gratuidade, isto é, fazer o bem sem esperar recompensa. Dessa ação gratuita é que nasce a felicidade do fiel seguidor de Jesus. Na sociedade moderna, compete-se para estar sempre na frente dos outros.