quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Lucas 5, 1-11 O seguimento de Jesus.
* 1 Certo dia, Jesus estava na margem do lago de Genesaré. A multidão se apertava ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago; os pescadores haviam desembarcado, e lavavam as redes. 3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca.” 5 Simão respondeu: “Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes.” 6 Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se arrebentavam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que fossem ajudá-los. Eles foram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8 Ao ver isso, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9 É que o espanto tinha tomado conta de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Mas Jesus disse a Simão: “Não tenha medo! De hoje em diante você será pescador de homens.” 11 Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo, e seguiram a Jesus.
Comentário:
* 1-11: A cena é simbólica. Jesus chama seus primeiros discípulos, mostrando-lhes qual a missão reservada a eles: fazer que os homens participem da libertação trazida por Jesus e que só pode realizar-se no seguimento dele, mediante a união com ele e sua missão. O convite ao seguimento é exigente: é preciso “deixar tudo”, para que nada impeça o discípulo de anunciar a Boa Notícia do Reino.
Hoje Lucas narra o primeiro encontro de Jesus com Pedro e os irmãos Tiago e João, seus primeiros discípulos. O lago de Genesaré, onde pescavam, é o mesmo mar de Tiberíades (mencionado por João) ou mar da Galileia (em Marcos e Mateus). O Evangelho nos mostra que o esforço humano, sem Deus, não produz fruto, por isso Pedro exclama: “Trabalhamos duramente a noite toda e não pescamos nada”. A exclamação de Pedro é semelhante ao grito de muitos homens e mulheres de hoje, que dizem: “Trabalhei a minha vida toda para nada”. Um famoso autor contemporâneo, Byung-Chul Han, traduz esse fenômeno numa expressão que dá título ao seu livro mais conhecido: Sociedade do cansaço. Fala de uma sociedade que vive cansada por não ter objetivos claros, por não saber para onde ir. Nós, cristãos, podemos afirmar que a sociedade está “cansada” porque caminha sem Deus.
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