sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mateus 14, 22-33 A fé nos momentos difíceis.

22 Logo em seguida, Jesus obrigou os discípulos a entrar na barca, e ir na frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despedia as multidões. 23 Logo depois de despedir as multidões, Jesus subiu sozinho ao monte, para rezar. Ao anoitecer, Jesus continuava aí sozinho. 24 A barca, porém, já longe da terra, era batida pelas ondas, porque o vento era contrário.
25 Entre as três e as seis da madrugada, Jesus foi até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo.”
28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 Jesus respondeu: “Venha.” Pedro desceu da barca, e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas ficou com medo quando sentiu o vento e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me.” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?”
32 Então eles subiram na barca. E o vento parou. 33 Os que estavam na barca se ajoelharam diante de Jesus, dizendo: “De fato, tu és o Filho de Deus.”
Comentário:
22-33: Sobressai aqui a figura de Pedro, protótipo da comunidade que, nas grandes crises, duvida da presença de Jesus em seu meio e, por isso, pede um sinal. E mesmo vendo sinais, continua com medo das ambigüidades da situação e, por isso, a sua fé fica paralisada. Então faz o seu pedido de socorro. Jesus atende ao pedido da comunidade. Mas deixa bem claro que ela precisa crescer na fé e não temer os passos dados dentro das águas agitadas do mundo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lucas 19, 41-44 Jesus chora sobre Jerusalém.

41 Jesus se aproximou, e quando viu a cidade, começou a chorar. 42 E disse: “Se também você compreendesse hoje o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos seus olhos! 43 Vão chegar dias em que os inimigos farão trincheiras contra você, a cercarão e apertarão de todos os lados. 44 Eles esmagarão você e seus filhos, e não deixarão em você pedra sobre pedra. Porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la.”
Comentário:
41-44: A Cidade Santa não sabe qual é o caminho da verdadeira paz. Os olhos dela estão tapados: ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o avesso do caminho da paz. Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo de Jesus.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lucas 19, 11-28 A espera ativa.

11 Tendo eles ouvido isso, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém, e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12 Então Jesus disse: “Um homem nobre partiu para um país distante a fim de ser coroado rei, e depois voltar. 13 Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata para cada um, e disse: ‘Negociem até que eu volte.’ 14 Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15 Mas, o homem foi coroado rei, e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto haviam lucrado. 16 O primeiro chegou, e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17 O homem disse: ‘Muito bem, empregado bom. Como você foi fiel em coisas pequenas, receba o governo de dez cidades’. 18 O segundo chegou, e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19 O homem disse também a este: ‘Receba também você o governo de cinco cidades’. 20 Chegou o outro empregado, e disse: ‘Senhor, aqui estão as cem moedas que guardei num lenço. 21 Pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Tomas o que não deste, e colhes o que não semeaste’. 22 O homem disse: ‘Empregado mau, eu julgo você pela sua própria boca. Você sabia que eu sou um homem severo, que tomo o que não dei, e colho o que não semeei. 23 Então, por que você não depositou meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24 Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirem dele as cem moedas, e dêem para aquele que tem mil’. 25 Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26 Ele respondeu: ‘Eu digo a vocês: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda. Mas daquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27 E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam aqui, e matem na minha frente’.” 28 Depois de dizer essas coisas, Jesus partiu na frente deles, subindo para Jerusalém.
Comentário:
11-28: Cf. nota em Mt 25,14-30. Lucas misturou a parábola original com os traços de outra parábola: o pretendente ao trono, que volta como rei e juiz, julgando seus inimigos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lucas 19, 1-10 Rico também pode salvar-se.

1 Jesus tinha entrado em Jericó, e estava atravessando a cidade. 2 Havia aí um homem chamado Zaqueu: era chefe dos cobradores de impostos, e muito rico. 3 Zaqueu desejava ver quem era Jesus, mas não o conseguia, por causa da multidão, pois ele era muito baixo. 4 Então correu na frente, e subiu numa figueira para ver, pois Jesus devia passar por aí. 5 Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima, e disse: “Desça depressa, Zaqueu, porque hoje preciso ficar em sua casa.” 6 Ele desceu rapidamente, e recebeu Jesus com alegria. 7 Vendo isso, todos começaram a criticar, dizendo: “Ele foi se hospedar na casa de um pecador!” 8 Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres; e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais.” 9 Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10 De fato, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”
Comentário:
1-10: Zaqueu é o exemplo para qualquer rico que deseja alcançar a salvação. Sua conversão começa com o desejo de conhecer Jesus de perto. Continua, quando se une ao povo para se encontrar com Jesus e acolhê-lo em sua própria casa. A conversão se completa quando Zaqueu se dispõe a partilhar seus bens e devolver com juros o que roubou.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lucas 18, 35-43 Fé e seguimento.

35 Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36 Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37 Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava por ali. 38 Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39 As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse quieto. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40 Jesus parou, e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41 “O que quer que eu faça por você?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero ver de novo.” 42 Jesus disse: “Veja. A sua fé curou você.” 43 No mesmo instante, o cego começou a ver e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo louvou a Deus.
Comentário:
35-43: A cura do cego simboliza a fé, que é a visão do compromisso com Jesus. De olhos abertos para nova maneira de ver e agir, ele segue a Jesus que vai dar a vida.

domingo, 13 de novembro de 2011

1 Tessalonicenses 5,1-6 Quando será o fim do mundo?

1 No que diz respeito ao tempo e circunstâncias, não preciso escrever nada para vocês, irmãos. 2 Vocês já sabem que o dia do Senhor chegará como ladrão à noite. 3 Quando as pessoas disserem: “Estamos em paz e segurança”, então de repente a ruína cairá sobre elas, como dores do parto para a mulher grávida, e não conseguirão escapar.
As armas da vida - 4 Mas vocês, irmãos, não vivem em trevas, de tal modo que esse dia possa surpreendê-los como um ladrão. 5 Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. 6 Portanto, não fiquemos dormindo como os outros. Estejamos acordados e sóbrios.
Comentário:
1-3: Saber com precisão a data da parusia de Cristo é desejo muito humano, porém fadado à frustração. Conforme a tradição cristã, só Deus Pai conhece o momento preciso: “Quanto a esse dia e hora, ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe” (Mc 13,32). Aos cristãos cabe esperar com espírito vigilante.
4-11: A luz é símbolo da vida, enquanto as trevas são símbolo do mal e da morte. Para Paulo, o cristão é aquele que acredita na vida e luta por ela, sem aceitar nenhum compromisso com as estruturas que produzem a morte. A imagem militar do v. 8 sugere que o testemunho cristão é verdadeiro combate com as armas da fé, do amor e da esperança: a fé leva ao conhecimento da verdade e da justiça; o amor produz novas relações entre os homens; a esperança abre o futuro para a liberdade e a vida (cf. nota em Cl 1,3-8).

Mateus 25, 14-30 Esperar, arriscando.

14 “Acontecerá como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamando seus empregados, entregou seus bens a eles. 15 A um deu cinco talentos, a outro dois, e um ao terceiro: a cada qual de acordo com a própria capacidade. Em seguida, viajou para o estrangeiro.
16 O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17 Do mesmo modo o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas, aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19 Depois de muito tempo, o patrão voltou, e foi ajustar contas com os empregados. 20 O empregado que havia recebido cinco talentos, entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21 O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’. 22 Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23 O patrão disse: ‘Muito bem, empregado bom e fiel! Como você foi fiel na administração de tão pouco, eu lhe confiarei muito mais. Venha participar da minha alegria’. 24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, eu sei que tu és um homem severo pois colhes onde não plantaste, e recolhes onde não semeaste. 25 Por isso, fiquei com medo, e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26 O patrão lhe respondeu: “Empregado mau e preguiçoso! Você sabia que eu colho onde não plantei, e que recolho onde não semeei. 27 Então você devia ter depositado meu dinheiro no banco, para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28 Em seguida o patrão ordenou: ‘Tirem dele o talento, e dêem ao que tem dez. 29 Porque, a todo aquele que tem, será dado mais, e terá em abundância. Mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 Quanto a esse empregado inútil, joguem-no lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes.”
Comentário:
14-30: Não basta estar preparado, esperando passivamente a manifestação de Jesus. É preciso arriscar e lançar-se à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. Jesus confiou à comunidade cristã a revelação da vontade de Deus e a chave do Reino. No julgamento, ele pedirá contas por esse dom. A comunidade o repartiu e o fez crescer, ou o escondeu dos homens?