terça-feira, 4 de novembro de 2025
Lucas 14, 25-33 Para ser discípulo de Jesus.
Evangelho: Lucas 14,25-33
* 25 Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele disse: 26 “Se alguém vem a mim, e não dá preferência mais a mim que ao seu pai, à sua mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, esse não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28 De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? 29 Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo: 30 ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31 Ou ainda: Se um rei pretende sair para guerrear contra outro, será que não vai sentar-se primeiro e examinar bem, se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, envia mensageiros para negociar as condições de paz, enquanto o outro rei ainda está longe. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.
Comentário:
* 25-35: Seguir a Jesus e continuar o seu projeto (= ser discípulo) é viver um clima novo na relação com as pessoas, com as coisas materiais e consigo mesmo. Trata-se de assumir com liberdade e fidelidade a condição humana, sem superficialismo, conveniência ou romantismo. O discípulo de Jesus deve ser realista, a fim de evitar ilusões e covardias vergonhosas.
O Evangelho de hoje apresenta uma expressão estranha aos nossos ouvidos: deixar em segundo plano a família. No texto original, em grego, a expressão soa ainda mais pesada, pois diz “quem não odiar pai e mãe”. Mateus 10,37 é mais suave, afirmando que “quem ama pai e mãe mais do que a mim não é digno de mim…”. A intenção de Lucas é enfatizar a ruptura com o passado e com todos os aspectos da vida terrena que o seguimento exige. Seguir a Jesus implica abandonar todas as seguranças, representadas pela família e pela própria vida, isto é, por um estilo de vida que comporta administração de bens, ligada, não raro, à prática da injustiça. Portanto, o que se requer do discípulo é sua total disponibilidade para seguir o Mestre até as últimas consequências, consciente das dificuldades e exigências que tal decisão comporta, algo que se confirma nas duas parábolas que encerram o Evangelho de hoje.
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