quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Marcos 1, 40-45 Jesus e os marginalizados.
* 40 Um leproso chegou perto de Jesus e pediu de joelhos: “Se queres, tu tens o poder de me purificar.” 41 Jesus ficou cheio de ira, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fique purificado.” 42 No mesmo instante a lepra desapareceu e o homem ficou purificado. 43 Então Jesus o mandou logo embora, ameaçando-o severamente: 44 “Não conte nada para ninguém! Vá pedir ao sacerdote para examinar você, e depois ofereça pela sua purificação o sacrifício que Moisés ordenou, para que seja um testemunho para eles.” 45 Mas o homem foi embora e começou a pregar muito e a espalhar a notícia. Por isso, Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ele ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte as pessoas iam procurá-lo.
Comentário:
* 40-45: O leproso era marginalizado, devendo viver fora da cidade, longe do convívio social, por motivos higiênicos e religiosos (Lv 13,45-46). Jesus fica irado contra uma sociedade que produz a marginalização. Por isso, o homem curado deve apresentar-se para dar testemunho contra um sistema que não cura, mas só declara quem pode ou não participar da vida social. O marginalizado agora se torna testemunho vivo, que anuncia Jesus, aquele que purifica. E Jesus está fora da cidade, lugar que se torna o centro de nova relação social: o lugar dos marginalizados é o lugar onde se pode encontrar Jesus.
A doença é vista no mundo bíblico como consequência do pecado ou efeito do maligno na vida da pessoa, sendo a cura interpretada como restauração da perfeição da criação. Exercendo curas, como a do leproso do Evangelho de hoje, Jesus não procura a exaltação pessoal, mas sim devolver a vida plena aos que dela necessitam. Essa é a razão pela qual pede que não contem nada a ninguém, ou seja, que não divulguem tais obras. A alegria de ser curado, porém, é tanta, que eles não conseguem conter-se, divulgando amplamente a notícia. Que essa alegria e confiança em Jesus Cristo se manifestem também em cada um de nós, a fim de que também possamos participar do seu Reino.
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