segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Marcos 1, 21-28 Jesus vence a alienação.

* 21 Foram à cidade de Cafarnaum e, no sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22 As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei. 23 Nesse momento, estava na sinagoga um homem possuído por um espírito mau, que começou a gritar: 24 “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!” 25 Jesus ameaçou o espírito mau: “Cale-se, e saia dele!” 26 Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu dele. 27 Todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade... Ele manda até nos espíritos maus e eles obedecem!” 28 E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a redondeza da Galileia. Comentário: * 21-28: A ação demoníaca escraviza e aliena o homem, impedindo-o de pensar e de agir por si mesmo (por exemplo: ideologias, propagandas, estruturas, sistemas etc.): outros pensam e agem através dele. O primeiro milagre de Jesus é fazer o homem voltar à consciência e à liberdade. Só assim o homem pode segui-lo. Marcos não diz qual era o ensinamento de Jesus; contudo, mencionando-o junto com uma ação de cura, ele sugere que o ensinamento com autoridade repousa numa prática concreta de libertação: com sua ação Jesus interpreta as Escrituras de modo superior a toda a cultura dos doutores da Lei. Talvez seja estranho ver Jesus repreendendo o homem dominado pelo espírito impuro. Isso acontece porque o objetivo deste trecho do Evangelho é destacar que a adesão e o seguimento a Jesus, que é a Verdade, devem ser sempre uma decisão livre e pessoal, sem sofrer qualquer tipo de influência ou de condicionamento. O discípulo de Jesus deve decidir após o encontro ou experiência pessoal com ele, após escutar seu ensinamento e admirar sua autoridade. Jesus prega com autoridade porque não existe contradição entre seu discurso e sua ação, algo muito diferente do que acontecia com os escribas e fariseus, e diferente do que acontece hoje com muitas “autoridades”.

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