quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

João 1, 19-28 A testemunha não é o Salvador.

* 19 O testemunho de João foi assim. As autoridades dos judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntarem a João: “Quem é você?” 20 João confessou e não negou. Ele confessou: “Eu não sou o Messias.” 21 Eles perguntaram: “Então, quem é você? Elias?” João disse: “Não sou.” Eles perguntaram: “Você é o Profeta?” Ele respondeu: “Não.” Então perguntaram: 22 “Quem é você? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. Quem você diz que é?” 23 João declarou: “Eu sou uma voz gritando no deserto: ‘Aplainem o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías.” 24 Os que tinham sido enviados eram da parte dos fariseus. 25 E eles continuaram perguntando: “Então, por que é que você batiza, se não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26 João respondeu: “Eu batizo com água, mas no meio de vocês existe alguém que vocês não conhecem, 27 e que vem depois de mim. Eu não mereço nem sequer desamarrar a correia das sandálias dele.” 28 Isso aconteceu em Betânia, na outra margem do Jordão, onde João estava batizando. Comentário: * 19-28: Quando João Batista começou a pregação, os judeus estavam esperando o Messias, que iria libertá-los da miséria e da dominação estrangeira. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima e pedia a adesão do povo, selando-a com o batismo. As autoridades religiosas estavam preocupadas e mandaram investigar se João pretendia ser ele o Messias. João nega ser o Messias, denuncia a culpa das autoridades, e dá uma notícia inquietante: o Messias já está presente a fim de inaugurar uma nova era para o povo. Messias é o nome que os judeus davam ao Salvador esperado. Também o chamavam o Profeta. E, conforme se acreditava, antes de sua vinda deveria reaparecer o profeta Elias. João Batista é a testemunha que tem como função preparar o caminho para os homens chegarem até Jesus. Ora, a testemunha deve ser sincera, e não querer o lugar da pessoa que ela está testemunhando. O testemunho de João Batista anuncia um novo tempo na história da salvação, apontando para o verdadeiro e único “cordeiro de Deus”. No Evangelho de hoje, vemos a tríplice “negação” de João, que faz recordar a de Pedro, mas que, na verdade, se contrapõe a ela. Na sua humildade e sabedoria, João afirma, por três vezes, “não sou”, pois sabe que o título “eu sou” é reservado somente ao Filho de Deus. Reconhece, assim, seu papel de profeta que veio para preparar os caminhos do Senhor e que deve desaparecer quando Jesus iniciar sua vida pública. É interessante a referência geográfica, ao final do texto. Betânia significa “casa dos pobres” ou “casa de aflição”, foi um lugar muito especial para Jesus, onde se refugiou algumas vezes, sobretudo porque ali habitavam seus grandes amigos Lázaro, Marta e Maria.

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