domingo, 4 de agosto de 2024

Mateus 14, 13-21 O banquete da vida.

-* 13 Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu, e foi de barca para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões ficaram sabendo disso, saíram das cidades, e o seguiram a pé. 14 Ao sair da barca, Jesus viu grande multidão. Teve compaixão deles, e curou os que estavam doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos chegaram perto de Jesus, e disseram: “Este lugar é deserto, e a hora já vai adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma coisa para comer.” 16 Mas Jesus lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer.” 17 Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes.” 18 Jesus disse: “Tragam isso aqui.” 19 Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães, e os deu aos discípulos; os discípulos distribuíram às multidões. 20 Todos comeram, ficaram satisfeitos, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 21 O número dos que comeram era mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Comentário: * 13-21: Cf. nota em Mc 6,31-44. Mateus salienta o comportamento de Jesus: ele não é fanático, querendo enfrentar imediatamente Herodes; mas também não é fatalista, deixando as coisas correr como estão. Ele continua fiel à missão de servir ao seu povo. Reúne e alimenta as multidões sofredoras, realizando os sinais de um novo modo de vida e de anúncio do Reino. A Eucaristia é o sacramento-memória dessa presença de Jesus, lembrando continuamente qual é a missão a que nós, cristãos, fomos chamados. Jesus se afasta de Jerusalém, a cidade que “mata os profetas” (cf. Lc 13,34). João Batista fora degolado. Por precaução, o Mestre busca um lugar deserto, que rapidamente se povoa, pois “as multidões ficaram sabendo”. Ao ver a multidão, Jesus “encheu-se de compaixão”. Compaixão efetiva, geradora de ação concreta e imediata. De fato, Jesus logo “curou os doentes”. E, ao entardecer, veio a fome. Com mentalidade de compra e venda, os discípulos sugerem que Jesus os mande comprar comida. Só quem tinha dinheiro encheria o estômago. Jesus provoca os discípulos a encontrar outra solução (v. 16). Então acontece a partilha do alimento que eles possuem. O pouco de cada um, posto em comum, sacia a fome de todos, e ainda sobra muito. As primeiras comunidades cristãs viveram essa experiência.

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