sábado, 28 de outubro de 2023

Mateus 22, 34-40 O centro da vida.

-* 34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito os saduceus se calarem. Então eles se reuniram em grupo, 35 e um deles perguntou a Jesus para o tentar: 36 “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37 Jesus respondeu: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39 O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. 40 Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.” Comentário: * 34-40: Cf. nota em Mc 12,28-34: Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutiza a si mesmo, o próximo e as coisas; amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão. O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus. Jesus unifica e põe no mesmo nível os dois mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo. A unidade do preceito é inseparável. Em outras ocasiões, Jesus ensina que o amor a Deus passa pelo amor ao próximo: “Quem acolhe vocês, está acolhendo a mim. E quem me acolhe, está acolhendo aquele que me enviou” (Mt 10,40). E na cena do juízo final, Jesus reafirmará que o amor a Deus é demonstrado por atos práticos: alimentar os pobres, vestir os nus, acolher os sem-teto (cf. Mt 25,31ss). O amor a Deus não exclui o amor ao ser humano. E servir o ser humano é servir a Deus. Jesus nos ensina o modo de amar a Deus e ao próximo. Em tudo realizou a vontade do Pai, e “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), isto é, até as últimas consequências.

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