segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Lucas 9, 51-56 Jesus vai para Jerusalém.

51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos para preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado. Comentário: * 51-56: Jesus inicia o seu caminho para Jerusalém (cf. Introdução). Nessa viagem, Lucas mostra a pedagogia de Jesus, que vai indicando o caminho para aqueles que querem unir-se a ele. Tal processo por ele iniciado vai provocar sérios conflitos com aqueles que não querem mudar o rumo da história. Por enquanto, nem os samaritanos entendem que Jesus vai a Jerusalém para salvá-los. E os discípulos não imaginam que a Samaria será um dos primeiros lugares que eles evangelizarão ao saírem de Jerusalém (At 1,8). Começa aqui a grande subida de Jesus para Jerusalém, para a cruz, para o céu. Ao longo do percurso, acontecem ensinamentos, encontros, milagres, controvérsias, e a figura do discípulo se torna central. O verdadeiro discípulo é aquele que segue seu Mestre no caminho da renúncia a si mesmo e da solidariedade ativa com os pobres, os pequenos, os excluídos. Não é o que acontece com Tiago e João, ainda apegados aos antigos rancores entre judeus e samaritanos. Com efeito, diante da recusa de hospedagem dos samaritanos, esses dois discípulos propõem que sejam exterminados. O apelo deles ao poder divino está a serviço da vingança odiosa. Jesus reprova esse espírito de intolerância dos discípulos e mantém a firme resolução de caminhar para Jerusalém, onde vai entregar a própria vida em favor de todos. Oração Ó Jesus Messias, tomas “a firme decisão de partir para Jerusalém”, onde entregarás a vida por nós. Tiago e João, indignados com os samaritanos, querem a ruína deles. Quanto a ti, Senhor, vieste para salvá-los, e não para destruí-los. Ajuda-nos, Senhor, a ser tolerantes nos contratempos da vida. Amém.

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