* 30 Os apóstolos se reuniram com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31 Havia aí tanta gente que chegava e saía, a tal ponto que Jesus e os discípulos não tinham tempo nem para comer. Então Jesus disse para eles: “Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco.” 32 Então foram sozinhos, de barca, para um lugar deserto e afastado. 33 Muitas pessoas, porém, os viram partir. Sabendo que eram eles, saíram de todas as cidades, correram na frente, a pé, e chegaram lá antes deles.
34 Quando saiu
da barca,
Jesus
viu
uma grande
multidão
e teve
compaixão,
porque
eles estavam
como ovelhas
sem
pastor.
Então
começou
a ensinar
muitas
coisas
para eles.
Comentário:
Após a avaliação de uma viagem
missionária, os apóstolos são convidados a se retirarem para um descanso. Eram
tantos os que procuravam Jesus e seus discípulos que, diz o evangelho, não
tinham tempo sequer para comer. Ao se deslocarem para um lugar deserto, foram
precedidos pela multidão. Vendo-a, Jesus teve compaixão, comoveu-se
interiormente, como a mãe que vê o sofrimento dos filhos, pois eram como
“ovelhas sem pastor”. Ter compaixão é sentir e encarnar em si a dor do outro.
Venham para o descanso, diz Jesus. Todos, inclusive os discípulos-missionários
de Jesus, temos necessidade de descanso. O papa Francisco nos alerta sobre a
“doença do martismo, de Marta, da atividade excessiva, ou seja, daqueles que
mergulham no trabalho, negligenciando inevitavelmente ‘a melhor parte’:
sentar-se aos pés de Jesus. Por isso, Jesus convidou os seus discípulos a
‘descansar um pouco’, porque descuidar do descanso necessário leva ao estresse
e à agitação. O tempo do repouso, para quem levou a cabo a sua missão, é
necessário, obrigatório e deve ser vivido seriamente: passar algum tempo com os
familiares e respeitar as férias como momentos de recarga espiritual e física”.
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