-* 1 Jesus foi para Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2 Quando chegou o sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde vem tudo isso? Onde foi que arranjou tanta sabedoria? E esses milagres que são realizados pelas mãos dele? 3 Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa de Jesus. 4 Então Jesus dizia para eles que um profeta só não é estimado em sua própria pátria, entre seus parentes e em sua família. 5 E Jesus não pôde fazer milagres em Nazaré. Apenas curou alguns doentes, pondo as mãos sobre eles. 6 E Jesus ficou admirado com a falta de fé deles.
Comentário:
A
pregação de Jesus nem sempre foi aceita com entusiasmo. Justamente em Nazaré,
sua terra, ele encontrou forte resistência. Segundo o Evangelho de Marcos,
Jesus entra pela última vez numa sinagoga. E aí começam a desacreditar suas
palavras e a rejeitá-lo, porque ele não tem a formação acadêmica dos doutores
da lei. Jesus provoca escândalos por ser uma pessoa simples, muito humana, sem
muito estudo junto aos sábios. A humanidade de Deus pode chocar. Muitos gostam
de pensar num Deus autoritário, milagreiro, que castiga. Esse Deus, porém, não
existe. Jesus nos revela o amor de Deus. O verdadeiro profeta é aquele que
descobre a vontade de Deus nas situações da vida, e nem sempre proclama aquilo
que gostaríamos de ouvir. A palavra do profeta é boa-nova, palavra que liberta,
salva e dá esperança. O verdadeiro profeta tem a coragem e a ousadia das
mulheres e dos homens do seu tempo, que não esquecem as pessoas mais
vulneráveis: pequenos, pobres, desprezados. Com sua palavra, Jesus restaura a
justiça aos injustiçados, devolve a dignidade aos excluídos, proclama a alegria
aos tristes e a esperança aos desanimados.
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