* 1 Jesus viu as multidões, subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos se aproximaram, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. 4 Felizes os aflitos, porque serão consolados. 5 Felizes os mansos, porque possuirão a terra. 6 Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. 8 Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. 11 Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. 12 Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês.”
Comentário:
* 5-7: O Sermão da Montanha é um resumo
do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino
produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se
apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que
leva à libertação do homem.
* 1-12: As
bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e
não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da
palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio
Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de
sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Os que buscam a justiça do Reino
são os “pobres em espírito.” Sufocados no seu anseio pelos valores que a
sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que
eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar,
surgindo assim uma nova sociedade.
Quem são os santos? Todos os que, animados pela caridade, vivem e
morrem na graça de Deus podem ser chamados santos; em sentido especial, porém,
são os que a Igreja elevou às honras dos altares por terem praticado as
virtudes de maneira heroica ou por terem dado a vida pela causa da fé. A
respeito da intercessão dos santos, o Catecismo da Igreja Católica afirma:
“Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos
que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus.
Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais
valioso auxílio” (n. 956). As bem-aventuranças constituem o caminho proposto
por Jesus para uma vida coerente com o Reino de Deus nesta terra, com vistas à
comunhão eterna com Deus no céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário