sábado, 30 de novembro de 2024
1 Tessalonicenses 3,12-4,2 A vivência do amor.
12 Que o Senhor os faça crescer e aumentar no amor mútuo e para com todos, assim como é o nosso amor para com vocês, 13 a fim de que o coração de vocês permaneça firme e irrepreensível na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.
Respeitar o corpo humano -* 1 De resto, irmãos, pedimos e suplicamos no Senhor Jesus: vocês aprenderam de nós como comportar-se para agradar a Deus. Vocês já se comportam assim. Continuem progredindo!
2 Vocês conhecem as instruções que lhes demos em nome do Senhor Jesus.
Comentário:
* 11-13: A vivência do amor é o critério último para discernir se é autêntica ou não a vida da comunidade cristã. Trata-se de amor recíproco que faz a comunidade crescer por dentro e, ao mesmo tempo, impulsiona a comunidade para fora de si mesma, a fim de testemunhar o Evangelho a todos. É esse amor que constitui a santidade da comunidade, fazendo-a enfrentar sem temor o julgamento de Deus.
* 4,1-8: A carta se dirige a cristãos que vivem numa cidade pagã, em ambiente relaxado e tolerante do ponto de vista moral, especialmente no que se refere à vida sexual. Paulo frisa que o cristão é chamado à santificação, e isso significa compreender de maneira nova a si mesmo, os outros e as relações humanas. Na vida sexual, quem comanda o comportamento do cristão é o respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro; o cristão é convidado a descobrir o valor do corpo, que foi criado por Deus e é chamado a participar da ressurreição.
Lucas 21, 25-28.34-36 A história e o fim dos tempos.
* 25 “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E na terra, as nações cairão no desespero, apavoradas com o barulho do mar e das ondas. 26 Os homens desmaiarão de medo e ansiedade, pelo que vai acontecer ao universo, porque os poderes do espaço ficarão abalados. 27 Então eles verão o Filho do Homem vindo sobre uma nuvem, com poder e grande glória. 28 Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima.”
Estejam atentos -* 34 Tomem cuidado para que os corações de vocês não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vocês. 35 Pois esse dia cairá, como armadilha, sobre todos aqueles que habitam a face de toda a terra. 36 Fiquem atentos, e rezem todo o tempo, a fim de terem força para escapar de tudo o que deve acontecer, e para ficarem de pé diante do Filho do Homem.»
Comentário:
* 25-28: Cf. nota em Mc 13, 24-27: A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).
* 29-38: Tarefa urgente do discípulo é testemunhar sem esmorecer, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo, por ele prometido, impede que o discípulo se instale na situação presente; e por outro lado, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.
Não são os poderosos deste mundo que terão a última palavra. Virá abaixo o domínio dos que se julgam deuses: “Os poderes dos céus serão abalados”. Jesus é o centro da história, para ele tudo converge. Todos serão submetidos ao “Filho do Homem”, que vem “com poder e grande glória”. Não será tempo de aflição ou medo, mas tempo de libertação e de recompensa aos fiéis seguidores de Jesus Cristo. O alerta é para que “os corações de vocês não fiquem insensíveis por causa dos excessos, da bebedeira e das preocupações da vida”. Somos convidados a manter-nos constantes na oração e vigilantes. Para acolhermos alegremente o Senhor que vem, nada melhor do que prosseguirmos no processo de conversão contínua, praticando a justiça e a fraternidade. Desse modo, estaremos “de pé diante do Filho do Homem”.
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Mateus 4, 18-22 Seguir a Jesus é comprometer-se.
* 18 Jesus andava à beira do mar da Galileia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. 19 Jesus disse para eles: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens.” 20 Eles deixaram imediatamente as redes, e seguiram a Jesus. 21 Indo mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. E Jesus os chamou. 22 Eles deixaram imediatamente a barca e o pai, e seguiram a Jesus.
Comentário:
* 18-22: Cf. nota em Mc 1,16-20: O chamado dos primeiros discípulos é um convite aberto a todos os que ouvem as palavras de Jesus. Simão e André deixam a profissão; Tiago e João deixam a família... Seguir a Jesus implica deixar as seguranças que possam impedir o compromisso com uma ação transformadora.
André, irmão de Pedro, seguiu a Jesus quando João Batista o apontou como o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,36). Juntamente com Tiago e Pedro, André testemunhou episódios significativos da vida de Jesus, como a cura da sogra de Pedro, a transfiguração e a agonia no monte das Oliveiras. Na multiplicação dos pães, foi André quem apresentou a Jesus o menino dos cinco pães e dois peixes (cf. Jo 6,8-9). Segundo antigas tradições, André teria evangelizado os países ao sul do mar Negro, depois a Grécia. André morreu numa cruz em forma de X, em Patras (Grécia), no ano 60. Parte do seu corpo foi levada para Roma em 1462. Essa preciosa relíquia foi devolvida, em 1964, pelo papa Paulo VI, ao bispo metropolita ortodoxo de Patras. Sua festa, em 30 de novembro, encontra-se em todos os calendários, desde o século VI.
Lucas 21, 29-33 Estejam atentos.
* 29 E Jesus contou uma parábola: “Olhem a figueira e todas as árvores. 30 Vendo que elas estão dando brotos, vocês logo sabem que o verão está perto. 31 Vocês também, quando virem acontecer essas coisas, fiquem sabendo que o Reino de Deus está perto. 32 Eu garanto a vocês: tudo isso vai acontecer, antes que passe esta geração. 33 O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras não desaparecerão.
Comentário:
* 29-38: Tarefa urgente do discípulo é testemunhar sem esmorecer, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo, por ele prometido, impede que o discípulo se instale na situação presente; e por outro lado, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.
A parábola da figueira se refere à proximidade do Reino de Deus. É possível aplicá-la à queda de Jerusalém e ao Julgamento Final (parusia). É mensagem de esperança e libertação. A destruição de Jerusalém forçou a Igreja a desprender-se do judaísmo e abrir-se decididamente aos povos do mundo inteiro: “Serão minhas testemunhas […] até os extremos da terra” (At 1,8). Toda evangelização é uma forma de manter esse Reino sempre presente e eficaz. Portanto, a presença efetiva do Reino de Deus e a chegada do Dia do Senhor, a certeza das palavras que não passam, tudo isso exige de nós prontidão, vigilância e oração. As palavras de Jesus continuam vivas e atuais, tão poderosas e persuasivas que muitas pessoas, por sua influência, entregam a vida pelo anúncio do Evangelho.
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Lucas 21, 20-28 Fim da separação.
* 20 “Quando vocês virem Jerusalém cercada de acampamentos, fiquem sabendo que a destruição dela está próxima. 21 Então, os que estiverem na Judéia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22 Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. 23 Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando nesses dias, pois haverá uma grande desgraça nessa terra e uma ira contra esse povo. 24 Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que o tempo dos pagãos se complete.”
A história e o fim dos tempos -* 25 “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E na terra, as nações cairão no desespero, apavoradas com o barulho do mar e das ondas. 26 Os homens desmaiarão de medo e ansiedade, pelo que vai acontecer ao universo, porque os poderes do espaço ficarão abalados. 27 Então eles verão o Filho do Homem vindo sobre uma nuvem, com poder e grande glória. 28 Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima.”
Comentário:
* 20-24: Lucas descreve a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Esse acontecimento marca o final da história do povo da Antiga Aliança. Daí para a frente não há mais separação entre judeus e pagãos: o povo de Deus da Nova Aliança será construído por pessoas vindas de todos os povos da terra.
* 25-28: Cf. nota em Mc 13, 24-27: A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).
A primeira parte anuncia a destruição de Jerusalém, entre os anos 66 e 70 de nossa era. A cidade foi “cercada de exércitos”, e os sobreviventes foram “levados presos para todas as nações”. A história registra que, de fato, muitos judeus foram vendidos como escravos. Depois da queda de Jerusalém, a história continua. É o tempo da pregação a todas as nações (cf. Lc 24,47). É uma nova fase, em que todos são convidados a formar o povo de Deus. A segunda parte faz referência ao Julgamento Final, que Jesus realizará por sua morte e ressurreição e pelo testemunho dos cristãos no mundo. Todos os poderes alicerçados na injustiça serão abalados, porque Jesus Cristo e os cristãos farão emergir a verdade e vão revolucionar a sociedade mediante a prática da justiça.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Lucas 21, 12-19 A coragem do testemunho.
* 12 “Mas, antes que essas coisas aconteçam, vocês serão presos e perseguidos; entregarão vocês às sinagogas, e serão lançados na prisão; serão levados diante de reis e governadores, por causa do meu nome. 13 Isso acontecerá para que vocês deem testemunho. 14 Portanto, tirem da cabeça a ideia de que vocês devem planejar com antecedência a própria defesa; 15 porque eu lhes darei palavras de sabedoria, de tal modo que nenhum dos inimigos poderá resistir ou rebater vocês. 16 E vocês serão entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vocês. 17 Vocês serão odiados por todos, por causa do meu nome. 18 Mas não perderão um só fio de cabelo. 19 É permanecendo firmes que vocês irão ganhar a vida!”
Comentário:
* 12-19: A relação entre Deus e os homens continua através dos discípulos, que devem prosseguir a missão de Jesus pelo testemunho. Contudo, assim como Jesus encontrou resistência, também eles: serão perseguidos, presos, torturados, julgados e até mesmo mortos por continuarem a ação de Jesus. Mas não devem ficar preocupados com a própria defesa. O importante é a coragem de permanecer firmes até o fim.
O evangelista Lucas, autor também dos Atos dos Apóstolos, sabe que a perseguição contra os cristãos chegou cedo, a começar pelas autoridades judaicas: “Prenderão vocês […] os levarão para as sinagogas e cadeias”. Discípulos e discípulas de Jesus sofrem as acusações dos chefes, a traição dos familiares e o ódio de todos. Estêvão é apedrejado e morto, o primeiro mártir. O apóstolo Tiago, de Jerusalém, degolado. Constantes tribulações atormentam Pedro, Paulo, Silas e outros missionários. Jesus lhes assegura assistência divina: “Eu darei a vocês palavras e sabedoria, às quais nenhum dos adversários conseguirá resistir ou rebater”. E reforça a garantia de que “nem mesmo um só cabelo da cabeça de vocês será perdido”. Importante é que permaneçam fiéis no seguimento a Jesus e a seu Reino.
Lucas 21, 5-11 O fim ainda não chegou.
-* 5 Algumas pessoas comentavam sobre o Templo, enfeitado com pedras bonitas e com coisas dadas em promessa. Então Jesus disse: 6 “Vocês estão admirando essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído.” 7 Eles perguntaram: “Mestre, quando vai acontecer isso?
Qual será o sinal de que essas coisas estarão para acontecer?” 8 Jesus respondeu: “Cuidado para que vocês não sejam enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo já chegou’. Não sigam essa gente. 9 Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. Primeiro essas coisas devem acontecer, mas não será logo o fim.” 10 E Jesus continuou: “Uma nação lutará contra outra, um reino contra outro reino. 11 Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares. Vão acontecer coisas pavorosas e grandes sinais vindos do céu.”
Comentário:
* 5-11: Cf. nota em Mc 13,1-8: Jesus anuncia a destruição do Templo de Jerusalém, acontecida no ano 70, e as batalhas que se verificaram entre os anos 66 e 70. O Templo era o símbolo da relação de Deus com o povo escolhido. Jesus salienta que o fim de uma instituição não significa o fim do mundo e nem o fim da relação entre Deus e os homens.
Jesus prediz a destruição de Jerusalém e do templo: “Não ficará pedra sobre pedra”. Quando Lucas escreve o Evangelho, por volta do ano 80, a “cidade santa” e o templo já tinham sido destruídos. Uma curiosidade que atravessa os séculos é: quando será o fim, isto é, a vinda do Filho do Homem? Jesus não define data. Apenas procura mostrar que a história segue seu curso, com guerras e revoluções, terremotos, fome, peste. São flagelos, infelizmente constantes, que marcam a vida da humanidade. Vão aparecer charlatães assustando o povo, com suas enganadoras previsões. Jesus avisa: “Cuidado para não serem enganados”. No meio desse turbilhão de tragédias naturais e notícias falsas, o Evangelho nos propõe Jesus como o verdadeiro libertador, o único Mestre a quem devemos seguir e servir.
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