segunda-feira, 12 de maio de 2025
Lucas 11, 27-28 A verdadeira felicidade.
Evangelho: Lucas 11,27-28
* 27 Enquanto Jesus dizia essas coisas, uma mulher levantou a voz no meio da multidão, e lhe disse: “Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram.” 28 Jesus respondeu: “Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.”
Comentário:
* 27-28: Acolher a palavra de Jesus é dom maior do que o simples fato de ser mãe dele.
O profeta exulta, dando graças por tudo o que o Senhor realiza em favor do seu povo. / Segundo Jesus, a bem-aventurança vai além do parentesco biológico. Consiste, antes, em ouvir a Palavra de Deus e praticá-la. A mãe de Jesus é modelo de mulher aberta ao mistério da vida; de quem crê e responde, com toda confiança, à palavra que Deus lhe dirigiu.
domingo, 11 de maio de 2025
João 10, 1-10 O povo conhece a voz de Jesus.
* 1 “Eu garanto a vocês: aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2 Mas aquele que entra pela porta, é o pastor das ovelhas. 3 O porteiro abre a porta para ele, e as ovelhas ouvem a sua voz; ele chama cada uma de suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4 Depois de fazer sair todas as suas ovelhas, ele caminha na frente delas; e as ovelhas o seguem porque conhecem a sua voz. 5 Elas nunca vão seguir um estranho; ao contrário, vão fugir dele, porque elas não conhecem a voz dos estranhos.” 6 Jesus contou-lhes essa parábola, mas eles não entenderam o que Jesus queria dizer.
Jesus é o único caminho -* 7 Jesus continuou dizendo: “Eu garanto a vocês: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. 9 Eu sou a porta. Quem entra por mim, será salvo. Entrará, e sairá, e encontrará pastagem. 10 O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.
Comentário:
* 1-6: Nesta comparação, o curral representa a instituição que explora e domina o povo. Os ladrões e assaltantes são os dirigentes. Jesus mostra que sua mensagem é incompatível com qualquer instituição opressora e que sua missão é conduzir para fora da influência dela os que nele acreditam, a fim de formar uma comunidade que possa ter vida plena e liberdade.
* 7-21: O único meio de libertar-se de opressores ou de uma instituição opressora é comprometer-se com Jesus, pois ele é a única alternativa (a porta). Jesus é o modelo de pastor: ele não busca seus próprios interesses; ao contrário, ele dá a sua própria vida a todos aqueles que aceitam sua proposta. Jesus provoca divisão: para uns, suas palavras são loucura; para outros, sua ação é sinal de libertação.
O Evangelho de hoje continua a refletir sobre o tema do pastoreio, enfatizado na liturgia de ontem. Jesus é a porta do curral, o único acesso ao Reino. Somente através dele nós saímos em segurança e chegamos ao Pai. Antes de Jesus, surgiram vários profetas, mas nenhum era o Messias, aquele que dá a vida em abundância. Também surgiram muitos falsos pastores, como ainda hoje existem na nossa sociedade. Não lhes demos ouvidos, pois temos o Deus verdadeiro ao nosso lado. Na vida nova, à qual todos somos chamados, não é feita distinção entre os que entram, mas por onde se entra. O Evangelho de hoje nos convida, portanto, a reconhecer a voz de Cristo que nos fala na sua Igreja.
sábado, 10 de maio de 2025
João 10, 27-30 As credenciais de Jesus são as suas obras.
27 Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu dou a elas vida eterna, e elas nunca morrerão. Ninguém vai arrancá-las da minha mão. 29 O Pai, que tudo entregou a mim, é maior do que todos. Ninguém pode arrancar coisa alguma da mão do Pai. 30 O Pai e eu somos um.”
Comentário:
* 22-39: Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como o Filho de Deus. As provas de seu messianismo não são teorias jurídicas, mas fatos concretos: suas ações comprovam que é Deus quem age nele.
Encontramos, aqui, a essência da fé cristã: Jesus vem do Pai e volta ao Pai, e nos arrasta nesse movimento de ascensão. Então, podemos viver na confiança total em relação a Jesus, a quem expressamos nossas necessidades e súplicas: “O que vocês pedirem a meu Pai em meu nome, ele vai lhes dar”. A oração feita em nome de Jesus nasce de profunda intimidade com ele, com o Pai e com o Espírito Santo. O Espírito, de fato, é quem garante a eficácia de nossa oração, pois não sabemos o que pedir: “É o próprio Espírito que intercede com insistência por nós, com gemidos que não se exprimem” (Rm 8,26). Então, pedir o quê? Tudo o que contribui para a vida individual e comunitária do ser humano e para a comunicação dessa vida a outros.
Apocalipse 7, 9.14b-17 Deus realiza a salvação.
9* Depois disso eu vi uma grande multidão, que ninguém podia contar: gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam todos de pé diante do trono e diante do Cordeiro. Vestiam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10 Em alta voz, a multidão proclamava:
Ele então me explicou: “São os que vêm chegando da grande tribulação. Eles lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro. 15 É por isso que ficam diante do trono de Deus, servindo a ele dia e noite em seu Templo. Aquele que está sentado no trono estenderá sua tenda sobre eles. 16 Nunca mais terão fome, nem sede; nunca mais serão queimados pelo sol, nem pelo calor ardente. 17 Pois o Cordeiro que está no meio do trono será o pastor deles; vai conduzi-los até às fontes de água da vida. E Deus lhes enxugará toda lágrima dos olhos.”
Comentário:
* 9-12: O povo de Deus reconhece que a salvação vem de Deus e do Cordeiro. Não são as coisas e nem os homens absolutizados que salvam. Unido aos anjos e à criação, o povo de Deus adora a Deus e reconhece que a plenitude do louvor pertence somente a Deus.
* 13-17: João enfatiza a salvação do povo de Deus. A grande tribulação são as perseguições. A veste branca significa a participação no testemunho de Jesus. Os vv. 15-17 lembram a festa das Tendas, que era um sinal da Aliança. A salvação é a realização da Aliança: a morada de Deus com os homens. Com a realização futura da Aliança não haverá mais limitações nem sofrimentos: Jesus será o pastor que leva o povo a viver em plenitude.
João 6, 60-69 A fé em Jesus exige decisão.
* 60 Depois que ouviram essas coisas, muitos discípulos de Jesus disseram: “Esse modo de falar é duro demais. Quem pode continuar ouvindo isso?” 61 Jesus sabia que seus discípulos estavam criticando o que ele tinha dito. Então lhes perguntou: “Isso escandaliza vocês? 62 Imaginem então se vocês virem o Filho do Homem subir para o lugar onde estava antes! 63 O Espírito é que dá a vida, a carne não serve para nada. As palavras que eu disse a vocês são espírito e vida. 64 Mas entre vocês há alguns que não acreditam.” Jesus sabia desde o começo quais eram aqueles que não acreditavam e quem seria o traidor. 65 E acrescentou: “É por isso que eu disse: ‘Ninguém pode vir a mim, se isso não lhe é concedido pelo Pai.’”
66 A partir desse momento, muitos discípulos voltaram atrás, e não andavam mais com Jesus. 67 Então Jesus disse aos Doze: “Vocês também querem ir embora?” 68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Agora nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus.”
Comentário:
* 60-71: As palavras de Jesus provocam resistência e desistência até entre os discípulos. Muitos conservam a ideia de um Messias Rei, e não querem seguir Jesus até à morte, entendida por eles como fracasso. E não assumem a fé por medo de se comprometerem. Os Doze apóstolos, porém, aceitam a proposta de Jesus e o reconhecem como Messias, dando-lhe sua adesão e aceitando suas exigências.
Jesus Cristo é o Filho de Deus e somente dele procedem as palavras de vida eterna. Dando continuidade à discussão sobre a importância da Eucaristia (cf. Jo 6,52-59), hoje vemos que os discípulos protestam, contestando a dureza das palavras de Cristo. Sempre que os cristãos se questionam sobre a importância de participar da Eucaristia, dão eco, em certa medida, a todos aqueles que afirmam: “Essas palavras são duras demais. Quem pode continuar ouvindo isso?”. Cristo, então, dirige a nós o mesmo questionamento dirigido aos apóstolos: “Será que vocês também não querem ir embora?”. A fé é um ato livre que o Evangelho de hoje nos convida a reforçar ou não, respondendo, como Pedro, à indagação do Mestre: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”.
quinta-feira, 8 de maio de 2025
João 6, 52-59 Jesus é o pão que sustenta para sempre.
52 As autoridades dos judeus começaram a discutir entre si: “Como pode esse homem dar-nos a sua carne para comer?” 53 Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele. 57 E como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os pais de vocês comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre.”
59 Jesus disse essas coisas quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
Comentário:
* 51-59: A vida definitiva se encontra justamente na condição humana de Jesus (carne): Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar vida aos homens, isto é, para viver em favor dos homens. A vida definitiva começa quando os homens, comprometendo-se com Jesus, aceitam a própria condição humana e vivem em favor dos outros. E Jesus dá um passo além: ele vai oferecer sua própria vida (carne e sangue) em favor dos homens. Por isso, o compromisso com Jesus exige que também o fiel esteja disposto a dar a própria vida em favor dos outros.
A Eucaristia é o sacramento que manifesta eficazmente na comunidade esse compromisso com a encarnação e a morte de Jesus.
Ao participarmos da Eucaristia, entramos em plena comunhão com Cristo, permanecemos nele e ele permanece em nós. Essa verdade de fé nos foi revelada pelo próprio Cristo, conforme narra o evangelista João. Por isso, procuremos valorizar cada vez mais nossa participação na celebração eucarística e sentir no nosso íntimo o valor e significado do corpo e sangue de Cristo que comungamos, pois, toda vez que vivemos esse sacramento, somos saciados por Cristo, que é a verdadeira comida. O primeiro relato sobre a instituição da Eucaristia nos foi deixado pelo apóstolo Paulo (cf. 1Cor 11,23-29), que, em nome de Cristo, enfrentou uma série de ameaças, perseguição e morte. Aquilo que João explica pela palavra, Paulo dá testemunho com a própria vida.
quarta-feira, 7 de maio de 2025
João 6, 44-51 Jesus é o pão da vida.
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos Profetas: ‘Todos os homens serão instruídos por Deus’. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim. 46 Não que alguém já tenha visto o Pai. O único que viu o Pai é aquele que vem de Deus.
47 Eu garanto a vocês: quem acredita possui a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Os pais de vocês comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50 Eis aqui o pão que desceu do céu: quem dele comer nunca morrerá.”
Jesus é o pão que sustenta para sempre -* 51 E Jesus continuou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida.”
Comentário:
* 35-50: Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Seus adversários não admitem que um homem possa ter origem divina e, portanto, possa dar a vida definitiva.
* 51-59: A vida definitiva se encontra justamente na condição humana de Jesus (carne): Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar vida aos homens, isto é, para viver em favor dos homens. A vida definitiva começa quando os homens, comprometendo-se com Jesus, aceitam a própria condição humana e vivem em favor dos outros. E Jesus dá um passo além: ele vai oferecer sua própria vida (carne e sangue) em favor dos homens. Por isso, o compromisso com Jesus exige que também o fiel esteja disposto a dar a própria vida em favor dos outros.
A Eucaristia é o sacramento que manifesta eficazmente na comunidade esse compromisso com a encarnação e a morte de Jesus.
O Evangelho de hoje traz imagens muito significativas, em clara relação com a Eucaristia, tema forte em João, apesar de este Evangelho não narrar sua instituição na última ceia, como os sinóticos. O ensinamento de que Jesus é o pão da vida perpassa diversas passagens do Evangelho, como o último versículo de hoje, que apresenta uma excelente síntese teológica: descida do céu, dom sacrifical na cruz e vida do Ressuscitado. Somente Cristo pode nos conduzir à vida eterna. Ele deu a vida para que a comunhão com Deus fosse estendida a toda a humanidade e todos pudessem professar a fé no único Deus. Mas não basta termos essa verdade revelada, é preciso que seja compreendida e assimilada, ou seja, precisamos comungar da Eucaristia e praticar o Evangelho para nos aproximarmos dele sempre mais.
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