quarta-feira, 9 de junho de 2021

Mateus 5, 20-26 A lei e a justiça.

20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos céus. 

Ofensa e reconciliação - 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo, todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno. 23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo, dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

Comentário:

* 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida.

* 21-26: A lei que proíbe matar, proíbe esse ato desde a raiz, isto é, desde a mais simples ofensa ao irmão. Mesmo ofendido e inocente, o discípulo de Jesus deve ter a coragem de dar o primeiro passo para reconciliar-se. Caso se sinta culpado, procure urgentemente a reconciliação, porque sobre a sua culpa pesa um julgamento.

Por que a comunidade de Jesus deve superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus? Porque eles não cumprem o que ensinam; por vezes invalidam a lei com acréscimos ou porque se fixam na letra sem penetrar no espírito (cf. Mt 23,1-7). Jesus se apresenta com autoridade suprema e nos mostra como levar à plenitude as exigências do amor. Os que entram no Reino de Deus devem superar os doutores da Lei e os fariseus e imitar Jesus pela prática do amor gratuito. As palavras ofensivas, a prepotência, o desprezo são manifestações contra a vida do próximo. Não basta não ofender o próximo, é preciso amá-lo como Jesus o ama. O próprio culto a Deus será vazio, se não for revestido de caridade. O amor fraterno, que supõe reconciliação, torna a celebração litúrgica fecunda e agradável a Deus.

Oração
Divino Mestre, exiges dos teus seguidores atitudes mais perfeitas do que a dos doutores da Lei e dos fariseus. Eles conhecem os mandamentos de Deus, mas não os praticam. Quanto a ti, Jesus, cumpres fielmente a vontade do Pai e exiges que nossos atos brotem do coração. Amém.

 

 

terça-feira, 8 de junho de 2021

Mateus 5, 17-19 A lei e a justiça.

17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos céus”.

Comentário:

* 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida.

Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras Sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, foi no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “O amor é o cumprimento total da Lei” (Rm 13,10).

Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, estás em perfeita sintonia com o projeto original de Deus. Os planos do Pai foram manifestados ao povo, sobretudo pela Lei de Moisés e pela pregação e escritos dos profetas. Concede-nos, Senhor, o conhecimento dos teus mandamentos e a força para praticá-los. Amém.

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Mateus 5, 13-16 A força do testemunho.

 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

Comentário:

* 13-16: Os discípulos de Jesus devem estar conscientes de que se acham unidos com todos aqueles que anseiam por um mundo novo. Eles não podem se subtrair a essa missão, mas precisam dar testemunho através de suas obras. Não se comprometer com isso é deixar de ser discípulo do Reino. Através do testemunho visível dos discípulos é que os homens podem descobrir a presença e a ação do Deus invisível.

Terminada a proclamação das bem-aventuranças, Jesus convida seus discípulos e a multidão a serem agentes transformadores da sociedade. O sal comunica sabor e preserva alimentos. Os cristãos devem embeber-se de vitalidade, entusiasmo, convicção e alegria em vista do Reino de Deus. Sem características como essas, a comunidade não terá vivacidade, será carente de fé, fraternidade e esperança. A luz ilumina ao seu redor. As obras de justiça e fraternidade não devem ficar escondidas; ao contrário, devem ser visíveis e acessíveis, para a glória de Deus. Cristãos e cristãs poderão conquistar multidões de pessoas pela força do testemunho: “Se virem o testemunho de comunidades autenticamente fraternas e reconciliadas, isso é sempre uma luz que atrai” (papa Francisco).

Oração
Senhor e Mestre, fazes vivo apelo a nós, discípulos do Reino. Sejamos o sal que evita a corrupção da sociedade. Não podemos ficar passivos diante das injustiças. Sejamos luz neste mundo, para que todos perseverem no teu caminho de justiça e fraternidade. Amém.

domingo, 6 de junho de 2021

Mateus 5, 1-12 Bem-aventuranças: anseio por um mundo novo.

1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus. 11Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.

Comentário:

* 5-7: O Sermão da Montanha é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Moisés tinha recebido a Lei na montanha do Sinai; agora Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando sobre a montanha a vontade de Deus que leva à libertação do homem.

* 5,1-12: As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. 

Os que buscam a justiça do Reino são os "pobres em espírito." Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.

As bem-aventuranças estão inseridas no Sermão da Montanha, resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Aos discípulos Jesus promete a felicidade, não apenas no céu, mas também a que se pode experimentar ao longo desta vida. A felicidade brota de uma série de valores sobre os quais se assenta o Reino de Deus: pobreza, humildade, justiça, misericórdia, pureza de coração, sofrimento por causa da justiça. As bem-aventuranças questionam os nossos critérios habituais e os critérios de uma sociedade que caminha exatamente na direção contrária e que se funda em pseudovalores: ganância, exploração e várias outras formas de injustiça. Em outro discurso, Jesus recomenda: “Busquem primeiro o Reino de Deus e sua justiça”(Mt 6,33).

Oração
Ó Jesus Mestre, de maneira solene ensinas a teus discípulos, e a nós, os valores do Reino de Deus. Vem em nosso socorro, Senhor, e corrige nossa tendência a buscar a felicidade nos bens terrenos. Torna-nos pessoas de coração puro, a fim de colocarmos em ti toda a nossa segurança. Amém.

 

sábado, 5 de junho de 2021

Marcos 3, 20-35 O pecado sem perdão.

 20Jesus voltou para casa com os seus dis­cípulos. E de novo se reuniu tanta gente, que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os pa­rentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si. 22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu e que pelo príncipe dos demônios ele ex­pulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que satanás pode expulsar a satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se satanás se levanta con­tra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte, para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só de­pois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo, tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfe­mar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso porque diziam: “Ele está pos­suído por um espírito mau”.

A verdadeira família de Jesus -  31Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sen­tados ao seu redor, disse: “Aqui es­tão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Comentário:

* 20-30: Em Jesus está presente o Espírito Santo, que o leva à missão de libertar e desalienar os homens. Por isso ele é acusado de estar “possuído por um espírito mau.” Tal acusação é pecado sem perdão. Para os acusadores, o bem é mal, e o mal é bem. Eles, na verdade, estão comprometidos e tiram proveito do mal; por isso, não reconhecem e não aceitam Jesus.

* 31-35: Enquanto a família segundo a carne está “fora”, a família segundo o compromisso da fé está “dentro”, ao redor de Jesus. Sua verdadeira família é formada por aqueles que realizam na própria vida a vontade de Deus, que consiste em continuar a missão de Jesus.

Os parentes de Jesus chegam para dominá-lo, tirá-lo de circulação. Não entendem que ele está inaugurando o Reino de Deus, com uma proposta libertadora, capaz de abalar as estruturas de uma sociedade assentada sobre a injustiça. Ele quer um povo vivendo dignamente. Outra investida contra Jesus vem de uma comitiva oficial. São doutores da Lei, que comparecem destilando intenções malignas. Querem desacreditar a pessoa de Jesus. No fundo, querem frear sua movimentação e suas obras. Jesus, porém, explica ao povo que seus acusadores, além de maldosos, são fracos de raciocínio lógico: como pode Satanás expulsar Satanás? E esclarece que ele, Jesus, age pelo poder do Espírito Santo. Fechar os olhos para essa realidade é negar a ação do Espírito em Jesus. É pecar contra o Espírito Santo.

Oração
Ó Jesus Mestre, a multidão se aglomerava ao teu redor para ouvir tua mensagem. Os doutores da Lei, porém, diziam coisas absurdas a teu respeito. Teus parentes queriam conduzir-te ao manicômio. Tu, no entanto, fiel aos planos do Pai, seguias conquistando novos discípulos para o Reino de Deus. Amém.

2 Coríntios 4, 13-5,1 Fraqueza do apóstolo e força de Deus.

13Sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós tam­bém cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressus­citou o Senhor Jesus nos ressus­citará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. 

A morte é passagem para a vida definitiva - 16Por isso, não desa­nimamos. Mesmo se o nosso ho­mem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando dia a dia. 17Com efeito, o volume insigni­fi­cante de uma tribulação momen­tâ­nea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18E isso acontece porque vol­tamos os nossos olhares para as coi­sas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é pas­sageiro, mas o que é invisível é eterno. 5,1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas é eterna.

Comentário:

* 4,16-5,10: Para quem não tem fé, a morte é o fim de tudo. Mas para quem está comprometido na fé e segue a Jesus, a morte é passagem para a dimensão definitiva da vida. Nosso corpo mortal se desgasta e desfaz na vida terrestre; mas, através da ressurreição, Deus leva o nosso ser à vida plena. Paulo emprega uma imagem muito familiar no Oriente: quando continuam a caminhada, os nômades do deserto desmontam a tenda do acampamento porque o deserto não é sua moradia estável. O mesmo acontece conosco: este mundo é o lugar onde vivemos e construímos a nossa história, cujo fim é a comunhão e participação na própria vida divina.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Marcos 12, 38-44 Jesus condena a dominação intelectual.

 38Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”. 

A verdadeira atitude religiosa - 41Jesus estava sentado no templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. 42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. 43Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.

Comentário:

* 38-40: Jesus critica os intelectuais da classe dominante, que transformam o saber em poder, aproveitando-se da própria situação para viverem ricamente à custa das camadas mais pobres do povo. Disfarçando tal exploração com orações, isto é, com motivo religioso, tornam-se ainda mais culpados.

* 41-44: Enquanto os doutores da Lei “exploram as viúvas e roubam suas casas”, uma viúva pobre deposita no Tesouro do Templo “tudo o que possuía para viver”. É o único fato positivo que Jesus vê em Jerusalém. Por isso proclama solenemente esse gesto (“eu garanto a vocês”), em contraposição à solenidade ostensiva dos ricos. Mostra, assim, o significado dessa oferta: as relações econômicas que devem vigorar numa sociedade que crê em Deus são as relações de doação total, que deixam as próprias seguranças, e não as relações baseadas no supérfluo.

Duas imagens contrastantes. De um lado, a exploração e a vaidade: homens letrados, os doutores da Lei. Do outro lado, a pobreza extrema e a generosidade: a mulher marginalizada, a viúva pobre. Jesus pede nossa atenção para os dois quadros. Primeiramente, pede para observarmos os doutores da Lei, para não imitarmos suas atitudes, pois fazem tudo para se colocarem em evidência pelas roupas e lugares de honra e buscam aplausos da sociedade. Pior que isso é o fato de explorarem pessoas que, pela própria condição, já vivem na pobreza extrema. Depois, Jesus nos convida a imitar o comportamento da viúva: sem recursos, mas desapegada, a ponto de depositar no cofre do templo tudo o que tinha para sua sobrevivência. Na comunidade cristã, não são os títulos e honrarias que contam, mas a generosidade discreta.

Oração
Divino Mestre, fazes grave advertência contra os que gostam de ser bajulados pelo público e enriquecem à custa dos pobres: “Receberão a condenação mais severa”. Depois, voltas o olhar para a viúva pobre, que deposita no templo “tudo o que tinha para viver”. Não perderá sua recompensa. Amém.