domingo, 3 de maio de 2020

1 Pedro 2, 20-25 Só Deus é Senhor.


20 Que mérito haveria em suportar com paciência, se vocês fossem esbofeteados por terem agido errado? Pelo contrário, se vocês são pacientes no sofrimento quando fazem o bem, isto sim é ação louvável diante de Deus. 21 De fato, para isso é que vocês foram chamados, pois Cristo também sofreu por vocês, deixando-lhes exemplo para que sigam os passos dele. 22 Ele não cometeu nenhum pecado e mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. 23  Quando insultado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava. Antes, depositava sua causa nas mãos daquele que julga com justiça.24 Sobre o madeiro levou os nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que nós, mortos para nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Através dos ferimentos dele é que vocês foram curados, 25 pois estavam desgarrados como ovelhas, mas agora retornaram ao seu Pastor e Guardião.
Comentário:
* 2,13-3,12: As exortações deste trecho têm fio condutor bem claro: no relacionamento com as autoridades e os patrões, como também no matrimônio, os cristãos se comportam sempre na condição de pessoas livres, sem medo e jamais com subordinação e temor servil. Nessa liberdade de filhos de Deus, formam uma comunidade onde estão presentes a compaixão, o amor fraterno, a misericórdia e a humildade, e onde o mal é retribuído com o bem. A comunidade torna-se, então, portadora de bênção.
2,13-17: O texto exclui qualquer subordinação servil e acrítica: a obediência só tem sentido quando é expressão da liberdade de filhos de Deus, “por causa do Senhor”. As autoridades também são criaturas (v. 13), e têm a função de servir, zelando pelo bem comum; para isso devem punir os malfeitores e louvar os que fazem o bem. A obediência cristã não é servilismo, pois na comunidade deve existir a relação de amor; a relação para com todos, inclusive para com a autoridade, é de respeito, mas só a relação com Deus é definida como temor, isto é, só Deus é absoluto e só ele deve ser temido e adorado pelo homem.



sábado, 2 de maio de 2020

João 6, 60-69 A fé em Jesus exige decisão.


* 60 Depois que ouviram essas coisas, muitos discípulos de Jesus disseram: Esse modo de falar é duro demais. Quem pode continuar ouvindo isso?” 61 Jesus sabia que seus discípulos estavam criticando o que ele tinha dito. Então lhes perguntou: Isso escandaliza vocês? 62 Imaginem então se vocês virem o Filho do Homem subir para o lugar onde estava antes! 63 O Espírito é que a vida, a carne não serve para nada. As palavras que eu disse a vocês são espírito e vida. 64 Mas entre vocês alguns que não acreditam.” Jesus sabia desde o começo quais eram aqueles que não acreditavam e quem seria o traidor. 65 E acrescentou: “É por isso que eu disse: ‘Ninguém pode vir a mim, se isso não lhe é concedido pelo Pai.’ “
66 A partir desse momento, muitos discípulos voltaram atrás, e não andavam mais com Jesus. 67 Então Jesus disse aos Doze: Vocês também querem ir embora?” 68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Agora nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus.”
Comentário:
O ensinamento de Jesus versa sobre a entrega de sua vida. Para seus discípulos seria um fracasso, por isso se recusam a segui-lo no amor até a morte. Estão fixos na ideia de um Messias rei, manifestada no final da repartição dos pães e peixes (cf. Jo 6,15). Jesus explica- lhes que sua morte é condição para a vida e que sua realidade humana contém a força do Espírito. Mesmo com seus esclarecimentos, boa parte dos seus seguidores o abandona. Não obstante o mal-estar gerado com a desistência de muitos, Jesus não amortece suas exigências. Desafia também os Doze, com o risco de ficar sozinho. Os Doze, porém, o reconhecem como o autêntico Messias e ficam do lado dele. Entendem que fora de Jesus não há esperança. Sem Jesus, o fracasso é certo.
Oração
Ó Jesus, és o Santo de Deus e, por teus ensinamentos, provocas mal-estar e insatisfação entre teus discípulos. Alguns deles, alegando que tuas “palavras são duras demais”, te abandonam. Dá-nos a sabedoria dos que se mantiveram fiéis no teu seguimento, pois “tu tens palavras de vida eterna”. Amém.