* 21 Nessa hora, Jesus se alegrou no Espírito Santo, e disse: “Eu te louvo, Pai,
Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai,
porque assim foi
do teu agrado. 22 Meu
Pai
entregou tudo a mim. Ninguém conhece quem
é o Filho, a não ser
o Pai,
e ninguém conhece quem
é o Pai,
a não
ser
o Filho e aquele a quem
o Filho quiser revelar.” 23 E Jesus voltou-se para os discípulos, e
lhes disse em particular: “Felizes os olhos que
vêem
o que
vocês vêem. 24 Pois
eu digo
a vocês que muitos profetas quiseram ver o que
vocês estão vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que
vocês estão ouvindo, e não puderam ouvir.”
Comentário:
Em suas
pregações, Jesus fala frequentemente de sua intimidade com o Pai. Ao mesmo
tempo, exulta “no Espírito Santo” por ver as multidões que recorrem a ele em
busca de alimento espiritual, libertação, vida plena. Não são os estudiosos das
Escrituras que vêm pedir a Jesus esclarecimentos sobre passagens bíblicas; não
são os Mestres da Lei que o consultam para saber sua opinião sobre as “pesadas
cargas” que colocam nos ombros do povo. Seus seguidores são os pobres, os
oprimidos, os pecadores. Entre esses marginalizados da sociedade é que Jesus
encontra ouvidos atentos e disposição para serem seus discípulos. Por isso, ao
proclamar as bem-aventuranças, Jesus exclama: “Felizes vocês, os pobres, porque
de vocês é o Reino de Deus” (Lc 6,20).