sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mateus 11, 16-19 A ação testemunha a vontade de Deus.

* 16 “Com quem eu vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que se dirigem aos colegas, e dizem: 17 ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram, cantamos uma música triste e vocês não bateram no peito’. 18 Veio João, que não come nem bebe, e disseram: ‘Ele está com um demônio’. 19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores’. Mas, a sabedoria foi justificada por suas obras.”
Comentário:
* 16-19: O povo do tempo de Jesus comporta-se de maneira infantil: acusa João Batista de louco, porque é severo demais; acusa Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. No entanto, se esquece de examinar as ações de João e de Jesus, que testemunham a realização da vontade de Deus.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mateus 11, 11-15 A missão de João Batista.

11 Eu garanto a vocês: de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino do Céu é maior do que ele. 12 Desde os dias de João Batista até agora, o Reino do Céu sofre violência, e são os violentos que procuram tomá-lo. 13 De fato, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14 E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias que devia vir. 15 Quem tem ouvidos, ouça.”
Comentário:
* 7-15: Nenhum homem do Antigo Testamento é maior do que João Batista. Entretanto, João pertence ao Antigo Testamento, onde as profecias são anunciadas, e não ao Novo Testamento, onde elas já se realizaram. O v. 12 é de difícil interpretação. Provavelmente, o evangelista quer mostrar que o Reino é vítima de violência, porque a velha estrutura injusta resiste para não ser destruída e reage violentamente. Essa violência dos que se opõem à vontade de Deus será experimentada pelo próprio Jesus em sua missão.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lucas 1, 39-47 João aponta o Messias.

* 39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. 40 Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? 44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.”

O cântico de Maria -* 46 Então Maria disse:

“Minha alma proclama a grandeza do Senhor,

47 meu espírito se alegra em Deus, meu salvador,
Comentário:
* 39-45: Ainda no seio de sua mãe, João Batista recebe o Espírito prometido (1,15). Reconhece o Messias e o aponta através da exclamação de sua mãe Isabel.
* 46-56: O cântico de Maria é o cântico dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através de Jesus. Cumprindo a promessa, Deus assume o partido dos pobres, e realiza uma transformação na história, invertendo a ordem social: os ricos e poderosos são depostos e despojados, e os pobres e oprimidos são libertos e assumem a direção dessa nova história.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mateus 18, 12-14 Por que alguém se afasta da comunidade?

12 O que vocês acham? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, será que ele não vai deixar as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13 Eu garanto a vocês: quando ele a encontra, fica muito mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14 Do mesmo modo, o Pai que está no céu não quer que nenhum desses pequeninos se perca.”
Comentário:
* 10-14: Por que alguém se extravia, isto é, se distancia da comunidade? Certamente por causa do escândalo (vv. 6-9), ou do desprezo daqueles que buscam poder e prestígio. A parábola mostra que a comunidade inteira deve preocupar-se e procurar aquele que se extraviou. A comunidade se alegra quando ele volta para o seu meio, porque a vontade do Pai foi cumprida.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Lucas 5, 17-26 Jesus liberta pela raiz.

* 17 Certo dia, Jesus estava ensinando. Estavam aí, sentados, fariseus e doutores da Lei, vindos de todos os povoados da Galiléia, da Judéia e até de Jerusalém. E o poder do Senhor estava em Jesus, fazendo-o realizar curas. 18 Chegaram, então, algumas pessoas levando, numa cama, um homem que estava paralítico; tentavam introduzi-lo e colocá-lo diante de Jesus. 19 Mas, por causa da multidão, não conseguiam introduzi-lo. Subiram então ao terraço e, através das telhas, desceram o homem com a cama, no meio, diante de Jesus. 20 Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse: “Homem, seus pecados estão perdoados.”
21 Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pensar: “Quem é esse, que está falando blasfêmias? Ninguém pode perdoar pecados, porque só Deus tem poder para isso!” 22 Mas Jesus percebeu o que eles estavam pensando. Tomou então a palavra, e disse: “Por que vocês pensam assim? 23 O que é mais fácil? Dizer: ‘Seus pecados estão perdoados’. Ou dizer: ‘Levante-se e ande’? 24 Pois bem: para vocês ficarem sabendo que o Filho do Homem tem poder para perdoar pecados, - disse Jesus ao paralítico - eu ordeno a você: Levante-se, pegue a sua cama, e volte para casa.” 25 No mesmo instante, o homem se levantou diante deles, pegou a cama onde estava deitado, e foi para casa, louvando a Deus. 26 Todos ficaram admirados, e louvavam a Deus. Ficaram cheios de medo, e diziam: “Hoje vimos coisas estranhas.”
Comentário:
* 17-26: Cf. nota em Mc 2,1-12 Jesus liberta pela raiz -* 1 Alguns dias depois, Jesus entrou de novo na cidade de Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que Jesus estava em casa. 2 E tanta gente se reuniu aí que já não havia lugar nem na frente da casa. E Jesus anunciava a palavra.
3 Levaram então um paralítico, carregado por quatro homens. 4 Mas eles não conseguiam chegar até Jesus, por causa da multidão. Então fizeram um buraco no teto, bem em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5 Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os seus pecados estão perdoados.”
6 Ora, alguns doutores da Lei estavam aí sentados, e começaram a pensar: 7 “Por que este homem fala assim? Ele está blasfemando! Ninguém pode perdoar pecados, porque só Deus tem poder para isso!” 8 Jesus logo percebeu o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que vocês pensam assim? 9 O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levante-se, pegue a sua cama e ande?’ 10 Pois bem, para que vocês saibam que o Filho do Homem tem poder na terra para perdoar pecados, - disse Jesus ao paralítico - 11 eu ordeno a você: Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.” 12 O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim!”
Comentário:
* 1-12: Segundo os antigos, a doença era causada pelo pecado. Para libertar o homem, Jesus vai direto à raiz: o pecado invisível que causa os males externos e visíveis. A oposição a Jesus começa: os doutores da Lei só se preocupam com teorias religiosas, e não em transformar a situação do homem. A ação de Jesus é completa. É um dizer e fazer que cura por dentro e por fora, fazendo o homem reconquistar a capacidade de caminhar por si.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Filipenses 1, 4-6.8-11 Agradecimento e pedido.

4 E sempre, em minhas orações, rezo por todos com alegria, 5 porque vocês cooperaram no anúncio do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6 Tenho certeza de que Deus, que começou em vocês esse bom trabalho, vai continuá-lo até que seja concluído no dia de Jesus Cristo. 8 Deus é testemunha de que eu quero bem a todos vocês com a ternura de Jesus Cristo.
9 Este é o meu pedido: que o amor de vocês cresça cada vez mais em perspicácia e sensibilidade em todas as coisas. 10 Desse modo, poderão distinguir o que é melhor, e assim chegar íntegros e inocentes ao dia de Cristo. 11 Estarão repletos então dos frutos de justiça obtidos por meio de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
Comentário:
* 3-11: A oração de Paulo mostra o seu afeto particular pela comunidade de Filipos. De fato, essa comunidade desde o início coopera e participa ativamente no trabalho da evangelização, seja colaborando no anúncio, defesa e confirmação do Evangelho, seja pela ajuda material oferecida ao Apóstolo. Paulo só pede uma coisa: o crescimento no amor. Vivendo o amor, a comunidade será sempre capaz de distinguir o que mais favorece a prática da justiça.



Lucas 3, 1-6 João Batista prepara o povo.

* 1 Fazia quinze anos que Tibério era imperador de Roma. Pôncio Pilatos era governador da Judéia; Herodes governava a Galiléia; seu irmão Filipe, a Ituréia e a Traconítide; e Lisânias, a Abilene. 2 Anás e Caifás eram sumos sacerdotes. Foi nesse tempo que Deus enviou a sua palavra a João, filho de Zacarias, no deserto. 3 E João percorria toda a região do rio Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, 4 conforme está escrito no livro do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas. 5 Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão aplainadas; as estradas curvas ficarão retas, e os caminhos esburacados serão nivelados. 6 E todo homem verá a salvação de Deus.”
Comentário:
* 3,1-20: A datação histórica (vv. 1-2) mostra que Lucas coloca os reis terrestres e as autoridades religiosas em contraste com a soberania e a autoridade de Jesus: o movimento profundo da história não se desenvolve no plano das aparências da história oficial. É Jesus quem realiza o destino do mundo, dando à história o verdadeiro sentido.
João Batista convida todos à mudança radical de vida, porque a nova história vai transformar pela raiz as relações entre os homens. É o tempo do julgamento, e nada vale ter fé teórica, pois o julgamento se baseia sobre as opções e atitudes concretas que cada um assume.