sábado, 26 de julho de 2025

Lucas 11, 1-13 O “Pai Nosso”.

* 1 Um dia, Jesus estava rezando em certo lugar. Quando terminou, um dos discípulos pediu: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou os discípulos dele.” 2 Jesus respondeu: “Quando vocês rezarem, digam: Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3 Dá-nos a cada dia o pão de amanhã, 4 e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos aqueles que nos devem; e não nos deixes cair em tentação.” Pedir com confiança -* 5 Jesus acrescentou: “Se alguém de vocês tivesse um amigo, e fosse procurá-lo à meia-noite, dizendo: ‘Amigo, me empreste três pães, 6 porque um amigo meu chegou de viagem, e não tenho nada para oferecer a ele’. 7 Será que lá de dentro o outro responderia: ‘Não me amole! Já tranquei a porta, meus filhos e eu já nos deitamos; não posso me levantar para lhe dar os pães?’ 8 Eu declaro a vocês: mesmo que o outro não se levante para dar os pães porque é um amigo seu, vai levantar-se ao menos por causa da amolação, e dar tudo aquilo que o amigo necessita. 9 Portanto, eu lhes digo: peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! 10 Pois, todo aquele de que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta. 11 Será que alguém de vocês que é pai, se o filho lhe pede um peixe, em lugar do peixe lhe dá uma cobra? 12 Ou ainda: se pede um ovo, será que vai lhe dar um escorpião? 13 Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem.” Comentário: * 11,1-4: Os mestres costumavam ensinar os discípulos a rezar, transmitindo o resumo da própria mensagem. O Pai Nosso traz o espírito e o conteúdo fundamental de toda oração cristã. Esta oração se faz na intimidade filial com Deus (Pai), apresentando-lhe os pedidos mais importantes: que o Pai seja reconhecido por todos (nome); que sua justiça e amor se manifestem (Reino); que, na vida de cada dia, ele nos dê vida plena (pão de amanhã); que ele nos perdoe como nós repartimos o perdão; que ele não nos deixe abandonar o caminho de Jesus (tentação). * 5-13: O Evangelho insiste na oração perseverante e confiante. Se os homens são capazes de atender ao pedido de amigos e filhos, quanto mais o Pai! Ele nada recusará. Pelo contrário, dará o Espírito Santo, isto é, a força de Deus que leva o homem a viver conforme a vida de Jesus Cristo. Vendo Jesus rezar, um discípulo lhe pede que os ensine a rezar, como os rabinos faziam. Diante do pedido, o Mestre lhes oferece um modelo de oração. A oração do pai-nosso contém seis elementos: os três primeiros nos levam à abertura para Deus: chamamos a Deus de Pai, ele é o Pai de todos nós; pedimos que seu nome seja santificado, isto é, que seja reconhecido como aquele que age na história; pedimos a vinda do seu Reino, o que significa acolher o projeto de Jesus. Os três últimos têm a ver conosco e com o próximo: pedimos o que é necessário no dia a dia para uma vida digna, sem pensar em acumular; pedimos o perdão e o compromisso de reconciliação com os nossos irmãos; por fim, pedimos que o Pai nos afaste das tentações que levam a abandonar o projeto de Jesus, que propõe uma sociedade justa, fraterna, igualitária e solidária. A parábola nos ensina a perseverar na oração, feita com confiança ao Pai, o qual nos oferece o Espírito para discernir o que é mais importante para a vida.

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