domingo, 3 de agosto de 2025

Mateus 14, 13-21 O banquete da vida.

* 13 Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu, e foi de barca para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões ficaram sabendo disso, saíram das cidades, e o seguiram a pé. 14 Ao sair da barca, Jesus viu grande multidão. Teve compaixão deles, e curou os que estavam doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos chegaram perto de Jesus, e disseram: “Este lugar é deserto, e a hora já vai adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar alguma coisa para comer.” 16 Mas Jesus lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Vocês é que têm de lhes dar de comer.” 17 Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes.” 18 Jesus disse: “Tragam isso aqui.” 19 Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães, e os deu aos discípulos; os discípulos distribuíram às multidões. 20 Todos comeram, ficaram satisfeitos, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 21 O número dos que comeram era mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Comentário: * 13-21: Cf. nota em Mc 6,31-44. Mateus salienta o comportamento de Jesus: ele não é fanático, querendo enfrentar imediatamente Herodes; mas também não é fatalista, deixando as coisas correr como estão. Ele continua fiel à missão de servir ao seu povo. Reúne e alimenta as multidões sofredoras, realizando os sinais de um novo modo de vida e de anúncio do Reino. A Eucaristia é o sacramento-memória dessa presença de Jesus, lembrando continuamente qual é a missão a que nós, cristãos, fomos chamados. A escassez do deserto se contrapõe, no Evangelho de hoje, à abundância que nasce da partilha e, sobretudo, da presença de Jesus. Afastando-se da cidade que matou João Batista por ganância, Jesus promove o banquete da vida. Por hora, essa vida plena é expressa através de símbolos materiais: o pão e o peixe. Mas, como Jesus tem algo muito maior e mais valioso a oferecer, em breve o pão que nutre o corpo será seu próprio corpo e sangue, o banquete eucarístico, alimento espiritual. Em cada Eucaristia, somos alimentados por Cristo, entrando em comunhão com ele, e cada cristão é chamado a se tornar aquilo que comunga, o corpo místico, ou seja, é chamado a se tornar Igreja, confiando no verdadeiro guia e alimento que é Cristo.

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