quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Mateus 19, 3-12 Matrimônio e celibato.
3 Alguns fariseus se aproximaram de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” 4 Jesus respondeu: “Vocês nunca leram que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? 5 E que ele disse: ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6 Portanto, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar.” 7 Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio ao despedir a mulher?” 8 Jesus respondeu: “Moisés permitiu o divórcio, porque vocês são duros de coração. Mas não foi assim desde o início. 9 Eu, por isso, digo a vocês: quem se divorciar de sua mulher, a não ser em caso de fornicação, e casar-se com outra, comete adultério.”
10 Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, então é melhor não se casar.” 11 Jesus respondeu: “Nem todos entendem isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12 De fato, há homens castrados, porque nasceram assim; outros, porque os homens os fizeram assim; outros, ainda, se castraram por causa do Reino do Céu. Quem puder entender, entenda.”
Comentário:
* 1-12: Cf. nota em Mc 10,1-12. Diante do matrimônio indissolúvel, os discípulos observam que o celibato é melhor. Jesus mostra que a escolha do celibato é dom de Deus, e que este só adquire todo o seu valor quando é assumido com plena liberdade em vista de serviço ao Reino.
A Igreja, fiel ao Evangelho de Cristo, não pode proclamar outra coisa que não seja a indissolubilidade do matrimônio, não apenas em virtude do mandato do Senhor – “Que o ser humano não separe o que Deus uniu” -, mas também porque o divórcio afeta o plano salvífico de Deus, pois fere todos os que se veem envolvidos nesse doloroso processo: cônjuges, filhos, parentes mais próximos. O discípulo de Jesus é convidado a inverter esse flagelo social, lembrando que o matrimônio é essencialmente o sacramento da fidelidade ao amor, à semelhança da fidelidade de Cristo para com a humanidade, a ponto de morrer por amor a ela. Nas dificuldades, os esposos cristãos deveriam sempre recordar que Deus age em favor de todo aquele que lhe é fiel, tal como foi ele quem conduziu, lutou e libertou seu povo ao longo da história da salvação. Deus nos prepara e nos guia para conquistarmos o Reino definitivo e para o edificarmos já no nosso cotidiano. Saber valorizar a família é um elemento essencial nesse processo.
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