domingo, 2 de junho de 2024

Marcos 12, 1-12 Jesus acusa as autoridades.

* 1 Jesus começou a falar para eles em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um tanque para pisar a uva e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha para alguns agricultores, e viajou para o estrangeiro. 2 Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3 Mas os agricultores pegaram o empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4 Então o dono da vinha mandou mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5 Então o dono mandou mais um, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6 Sobrou para o dono apenas um: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: ‘Eles vão respeitar meu filho’. 7 Mas os agricultores comentaram: ‘Esse é o herdeiro. Venham, vamos matá-lo, e a herança será nossa’. 8 Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9 Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10 Por acaso, vocês não leram na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11 isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?” 12 Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus. Eles tinham entendido muito bem que Jesus havia contado essa parábola contra eles. Mas ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram embora. Comentário: * 1-12: Jesus passa ao ataque. A figueira não dá frutos, e o Templo tornou-se lugar de roubo, porque as autoridades (chefes dos sacerdotes, doutores da Lei, anciãos do Sinédrio) exploram e oprimem, apoderando-se daquilo que pertence a Deus, isto é, o povo da aliança (vinha). Depois de muitos profetas que pregavam a justiça (empregados), Deus envia o próprio Filho com o Reino. A rejeição e morte do Filho trazem a sentença: o povo de Deus, agora congregado em torno de Jesus (pedra), passa a outros chefes, que não devem tomar posse, mas servir. O público é o mesmo: são os representantes das autoridades máximas de Israel. É para elas que, em forma de parábola, Jesus resume a história da salvação. A vinha simboliza o povo eleito de Deus. O dono da vinha é Deus. Os agricultores são os dirigentes do povo. Os empregados são os profetas que vêm para comprovar a existência de boas obras. São rechaçados, banidos e assassinados. Deus envia outros profetas, que têm o mesmo trágico fim dos anteriores. Restava enviar o “filho amado”, Jesus. Acabam com ele. A pergunta é: o que fará o dono da vinha com esses agricultores irresponsáveis e cruéis? Eis a parábola, eis o recado, que os dirigentes logo entenderam que era contra eles. Jesus ressuscitado se torna a pedra fundamental do novo povo de Deus.

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