terça-feira, 11 de junho de 2024

Mateus 5, 17-19 A lei e a justiça.

-* 17 “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento. 18 Eu garanto a vocês: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem sequer uma letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. 19 Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem os praticar e ensinar, será considerado grande no Reino do Céu. Comentário: * 17-20: A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida. É possível que, entre os discípulos de Jesus, e no seio das primeiras comunidades cristãs, alguns pusessem em dúvida a autoridade das Escrituras. Visto que Jesus as interpretava e, por vezes, as aperfeiçoava (“Ouviram o que foi dito […] eu, porém, lhes digo”), será que valia a pena confiar nelas? Jesus corrige essa maneira de pensar, afirmando categoricamente: “Não vim abolir, mas cumprir”. É certo que a compreensão correta da Escritura passa pelo critério de Jesus. Ele é o intérprete fiel dos Mandamentos. O que Jesus quer é o bem das pessoas, a prática da justiça, o amor fraterno, o reconhecimento de Deus como Senhor absoluto e Pai. Fiel cumpridor da vontade de Deus, Jesus dizia: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,38).

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