sábado, 1 de abril de 2023

Mateus 21, 1-11 O Rei-Messias.

* 1 Jesus e seus discípulos se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, perto do monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, 2 dizendo: “Vão até o povoado, que está na frente de vocês. E logo vão encontrar uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela. Desamarrem, e tragam os dois para mim. 3 Se alguém lhes falar alguma coisa, vocês dirão: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os mandará de volta.’ “4 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 5 “Digam à filha de Sião: eis que o seu rei está chegando até você. Ele é manso e está montado num jumento, num jumentinho, cria de um animal de carga.” 6 Os discípulos foram, e fizeram como Jesus tinha mandado. 7 Levaram a jumenta e o jumentinho, estenderam os mantos sobre eles, e Jesus montou. 8 Uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho; outros cortaram ramos de árvores, e os espalharam pelo caminho. 9 As multidões, que iam na frente e atrás de Jesus, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto do céu!” 10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada, e perguntavam: “Quem é ele?” 11 E as multidões respondiam: “É o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.” * 21,1-11: Cf. nota em Mc 11,1-11: Jesus é o Rei-Messias que vai confrontar-se com o centro da sociedade judaica, simbolizada por Jerusalém e pelo Templo, sede do poder econômico, político, ideológico e religioso. Ele entra na cidade, não como rei guerreiro, mas como simples homem, humilde e pacífico. Ele traz consigo a inversão de um sistema de sociedade apoiado na violência da força militar, que defende os privilegiados. O povo o aclama como aquele que traz o reino da verdadeira justiça. Jesus entra em Jerusalém para seu confronto final com os poderes religiosos e políticos que aí se armam contra ele. Pela fidelidade aos planos do Pai, Jesus é vítima da sociedade que o rejeita. Ele vem como líder popular, sem os aparatos e a ostentação do guerreiro que chega para arrasar. Ao contrário, apresenta-se como homem simples, humilde e pacífico. Ele salvará o povo, não por meio da violência e do sacrifício de vidas humanas, mas com a doação de sua própria vida. Ele é reconhecido e aclamado pela multidão como o rei-messias, que traz a justiça e a paz verdadeiras. Os dois aspectos da celebração de hoje, a saber, a entrada de Jesus em Jerusalém e a missa da paixão do Senhor, têm um caráter de figurada antecipação da Páscoa: as multidões aclamam o Cristo que vai vencer com sua paixão.

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