quinta-feira, 27 de abril de 2023

João 6,52-59 Jesus é o pão que sustenta para sempre.

52 As autoridades dos judeus começaram a discutir entre si: “Como pode esse homem dar-nos a sua carne para comer?” 53 Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele. 57 E como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os pais de vocês comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre.” 59 Jesus disse essas coisas quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Comentário: * 51-59: A vida definitiva se encontra justamente na condição humana de Jesus (carne): Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar vida aos homens, isto é, para viver em favor dos homens. A vida definitiva começa quando os homens, comprometendo-se com Jesus, aceitam a própria condição humana e vivem em favor dos outros. E Jesus dá um passo além: ele vai oferecer sua própria vida (carne e sangue) em favor dos homens. Por isso, o compromisso com Jesus exige que também o fiel esteja disposto a dar a própria vida em favor dos outros. A Eucaristia é o sacramento que manifesta eficazmente na comunidade esse compromisso com a encarnação e a morte de Jesus. Os judeus consideram estranha a linguagem de Jesus e reagem: “Como pode ele dar-nos a sua carne para comer?”. Faltava-lhes, naturalmente, uma compreensão melhor sobre as palavras de Jesus. Carne entregue e sangue derramado referem-se à própria vida de Jesus doada mediante sua morte na cruz. Comer a carne de Jesus e beber seu sangue significa estabelecer com ele uma comunhão íntima, chegar ao ponto de se identificar com ele. O apóstolo Paulo alcançou tão profundo grau de comunhão com Jesus, que escrevia aos Gálatas: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Para favorecer nossa íntima comunhão com Jesus, ele nos deixou o sacramento da Eucaristia, através da qual tudo fazemos por Cristo, com Cristo e em Cristo, com a certeza de nossa ressurreição e vida eterna.

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