domingo, 4 de julho de 2021

Mateus 9, 18-26 Jesus é o Senhor da vida.

18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e ela viverá”. 19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisso, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.

Comentário

* 18-26: Cf. nota em Mc 5, 21-43: Toda mulher menstruada ou sofrendo corrimento de sangue, era considerada impura (Lv 15,19.25), e impuros ficavam também os que fossem tocados por ela. A fé em Jesus faz que essa mulher viole a Lei e seja curada. A missão de Jesus é restaurar os homens na vida total: não só libertá-los da doença que os diminui e exclui do convívio social, mas também salvá-los da morte, que os exclui da vida antes do tempo.

O relato de um milagre se encaixa no relato de outro. O primeiro, a cura de uma doença grave; o outro, a restituição da vida a uma menina morta. Em ambos os casos, duas atitudes são decisivas: a fé que pede e espera e o toque físico de Jesus. Como em outras ocasiões, Jesus não se move com base em preconceitos: deixa-se tocar pela mulher considerada impura porque sofria de hemorragia; depois, toma a pequena defunta pela mão e a faz levantar-se. Tocar em defunto também era ação proibida pelas tradições antigas. Aquele que é a Vida e devolve a vida não pode contaminar-se tocando um cadáver. Onde Jesus está presente, podem-se dispensar os “flautistas e a multidão em alvoroço”, que celebram a morte: “Eu sou a ressurreição. Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25).

Oração
Ó Jesus Libertador, encontras duas pessoas de profunda fé: um chefe, cuja filhinha acabara de morrer; e uma mulher, vítima de contínua hemorragia. Pelo toque em tuas vestes, a mulher sentiu-se curada; pelo teu toque no corpo da menina, ela voltou a viver. Senhor, aumenta nossa fé. Amém.

 

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