terça-feira, 25 de maio de 2021

Marcos 10, 32-45 Autoridade é serviço.

32Os discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: 33“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. 34Vão zombar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias, ele ressuscitará”. 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?” 37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!” 38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. 41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”. 

Comentário: 

* 32-45: Jesus anuncia a sua morte como consequência de toda a sua vida. Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e competição entre os outros discípulos. Jesus mostra que a única coisa importante para o discípulo é seguir o exemplo dele: servir e não ser servido. Em a nova sociedade que Jesus projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas a qualificação para serviço que se exprime na entrega de si mesmo para o bem comum.

O medo se apodera dos discípulos, que, assustados, seguem o Mestre, desta vez a caminho de Jerusalém, centro do poder que vai matá-lo. Trata-se do terceiro anúncio da paixão, morte e ressurreição. Momento de tensão. Os discípulos, no entanto, continuam buscando honras terrenas, sinal de que ainda não compreenderam que tipo de Messias é Jesus, isto é, aquele que dá a própria vida pelos outros. Jesus será batizado com batismo de sangue a ser derramado em sua morte na cruz. Mas é pela cruz que ele vai chegar à glória. Jesus aproveita o ensejo para, outra vez, instruir seus discípulos sobre um ponto essencial que, por ora, não entra na mentalidade dos Doze: entre os cristãos, os chefes devem ser servos de todos, a exemplo de Cristo.

Oração
Ó Jesus, Filho do Homem, pela terceira vez informas teus apóstolos que os chefes te entregarão à morte. Mas, alheios à gravidade do momento, os Doze pensam em ganhar posição no teu Reino. O teu Reino, contudo, não é deste mundo, e vieste não para dominar, mas para servir, doando a própria vida. Amém.

 

 

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