14 Uma vez que os filhos têm todos em comum a carne e o sangue, Jesus também assumiu uma carne como a deles. Assim pôde, por sua própria morte, tirar o poder do diabo, que reina por meio da morte. 15 Desse modo, Jesus libertou os homens que ficavam paralisados a vida inteira por medo da morte. 16 Ele não veio para ajudar os anjos, e sim para ajudar a descendência de Abraão. 17 Por isso, teve que ser semelhante em tudo a seus irmãos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel em relação às coisas de Deus, a fim de expiar os pecados do povo. 18 De fato, justamente porque foi colocado à prova e porque sofreu pessoalmente, ele é capaz de vir em auxílio daqueles que estão sendo provados.
Comentário:
* 5-18: A Lei transmitida pelos anjos
não é capaz de abrir o mundo novo da salvação. A alienação produzida pelo mal,
pelo pecado e pelo medo da morte exigem transformação radical da condição
humana. Encarnando-se, Jesus se torna irmão solidário dos homens e assume
totalmente os problemas deles, chegando a entregar-se à morte para introduzir
os homens no reino da vida. A cruz é o seu sinal de glória e honra: o Filho de
Deus feito homem e crucificado foi glorificado e agora domina o universo (cf.
Fl 2,6-11). A humanidade encontra em Jesus um seu semelhante, capaz de ser sua
garantia junto de Deus, como verdadeiro sumo sacerdote (v. 17). Os vv. 17-18
apresentam o tema central do sermão, que vai ser desenvolvido nos capítulos
seguintes, a saber: Jesus é o sumo sacerdote, fiel a Deus e solidário com os
homens.
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