39 Mas, fiquem certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que lhe arrombasse a casa. 40 Vocês também estejam preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que vocês menos esperarem.” 41
Então
Pedro
disse
a Jesus:
“Senhor,
estás
contando
essa parábola
só para nós, ou
para todos?”
42 E o Senhor
respondeu:
“Quem
é o administrador
fiel
e prudente,
que
o senhor
coloca
à frente
do pessoal
de sua casa,
para dar
a comida
a todos
na hora
certa?
43 Feliz
o empregado
que
o senhor,
ao chegar,
encontra
fazendo
isso!
44 Em verdade,
eu digo
a vocês:
o senhor
lhe confiará
a administração
de todos
os seus bens.
45 Mas,
se esse
empregado
pensar:
‘Meu patrão
está
demorando’,
e se puser
a surrar os criados
e criadas,
a comer,
beber,
e embriagar-se,
46 o senhor
desse
empregado
chegará
num dia
inesperado
e numa
hora
imprevista. O senhor
o expulsará
de casa,
e o fará
tomar
parte
do destino
dos infiéis.
47 Todavia
aquele
empregado
que,
mesmo
conhecendo
a vontade
do seu senhor,
não
ficou
preparado,
nem
agiu
conforme
a vontade
dele,
será
chicoteado
muitas
vezes.
48 Mas,
o empregado
que
não
sabia,
e fez
coisas
que
merecem
castigo,
será
chicoteado
poucas
vezes.
A quem
muito
foi
dado,
muito
será
pedido;
a quem
muito
foi
confiado,
muito
mais será
exigido.”
Comentário:
*
35-48: Esperando continuamente a chegada imprevisível do
Senhor que serve, a comunidade cristã permanece atenta, concretizando a busca
do Reino através da prontidão para o serviço fraterno. Os vv. 41-46 mostram que
isso vale ainda mais para os dirigentes da comunidade, que receberam de Jesus o
encargo de servir, provendo às necessidades da comunidade. A responsabilidade é
ainda maior, quando se sabe o que deve ser feito (vv. 47-48).
Nas coisas de Deus, quem é o
administrador fiel e prudente? É aquele que não se desvia do caminho de Jesus,
está sempre atento a seus apelos, e na alegria continua servindo ao rebanho
dele. É recomendação atual, não só para o povo em geral, mas também para as
lideranças religiosas: bispos, padres, diáconos, ministros e agentes de
pastoral. O evangelho apresenta o cristão vigilante com a mentalidade de
administrador e não de patrão. Só Deus é o Senhor. A Igreja precisa menos de
“patrões” e mais de “servos”. Pelo batismo, todos assumem responsabilidades e
devem pôr-se a serviço dos outros. Portanto, sem usar sua função com
autoritarismo e ares de poder, cada um é convidado a empenhar-se humildemente a
serviço da comunidade, sabendo que pode contar com a graça de Deus.
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