15 Ao contrário, reconheçam de coração o Cristo como Senhor, estando sempre prontos a dar a razão de sua esperança a todo aquele que a pede a vocês, 16 mas com bons modos, com respeito e mantendo a consciência limpa. Assim, quando vocês forem difamados em alguma coisa,
aqueles
que
criticam o bom comportamento que vocês têm em Cristo ficarão confundidos. 17 Pois, se é da vontade de Deus que vocês sofram, é melhor que seja por praticarem o bem, e não o mal.
Solene compromisso com Deus -* 18 De fato,
o próprio
Cristo
morreu
uma vez
por todas
pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de os conduzir a Deus. Ele sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito.
Comentário:
* 13-17: Os
sofrimentos, de que fala a carta, não são aqueles provindos de alguma doença ou
de uma perseguição programada pelo Estado. São os sofrimentos originados da
situação em que se encontram os destinatários: imigrantes sem direitos e, além
disso, cristãos com projeto de vida diverso do ambiente em que vivem. Com
certeza eles já eram vistos como subversivos e conspiradores (cf. Is 8,12, onde
Pedro se inspira). Por outro lado, tais sofrimentos não devem ser suportados
pelo sofrimento em si, mas com finalidade bem precisa; “por causa da justiça”
(v. 13; cf. também v. 17). Esse sofrimento é uma bem-aventurança (“felizes de
vocês”), pois é conseqüência do testemunho cristão (v. 15).
* 18-22: Diante
dos sofrimentos, o modelo sempre é a morte de Jesus, através do qual se
realizou o ato definitivo da salvação. Pedro compara duas situações: o tempo de
Noé e o tempo dos cristãos. No tempo de Noé, foi salvo um pequeno grupo de
justos, enquanto a maioria pereceu. Com a descida de Jesus à mansão dos mortos,
também eles tiveram que se confrontar com o Evangelho. No tempo dos cristãos,
igualmente existe um grupo menor de batizados (“salvos pela água”), e a maioria
ainda não se converteu. Agora, o testemunho dos batizados deve fazer com que os
não-convertidos se confrontem com o Evangelho.
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