segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Lucas 21, 1-4 A verdadeira atitude religiosa.


* 1 Erguendo os olhos, Jesus viu pessoas ricas que depositavam ofertas no Tesouro do Templo. 2 Viu também uma viúva pobre que depositou duas pequenas moedas. 3 Então disse: “Eu garanto a vocês: essa viúva pobre depositou mais do que todos. 4 Pois todos os outros depositaram do que estava sobrando para eles. Mas a viúva, na sua pobreza, depositou tudo o que possuía para viver.”
Comentário:
Jesus havia criticado fortemente o comércio no Templo, transformado em “abrigo de ladrões” (cf. Lc 19,46). Na sequência, ele anuncia que esse Templo, luxuosamente construído graças às ofertas dos fiéis, seria destruído. Agora, seu olhar recai sobre uma viúva pobre que deposita no tesouro do Templo “tudo o que tinha para viver”. Fico imaginando que Jesus, diante de cena tão nobre e comovente, teve ímpeto de correr até a pobrezinha, e dizer-lhe: “Senhora, guarde o seu dinheirinho, ele é indispensável para sua sobrevivência”. Tal atitude estaria em total sintonia com as advertências de Jesus contra a sociedade que explora e castiga os pobres e marginalizados. Aos ricos, Jesus recomendaria que fossem menos vaidosos e menos apegados ao dinheiro.

domingo, 25 de novembro de 2018

João 18, 33-37 A realeza de Jesus.


* 33 Então Pilatos entrou de novo no palácio. Chamou Jesus e perguntou: “Tu és o rei dos judeus?” 34 Jesus respondeu: Você diz isso por si mesmo, ou foram outros que lhe disseram isso a meu respeito?” 35 Pilatos falou: “Por acaso eu sou judeu? O teu povo e os chefes dos sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?” 36 Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas agora o meu reino não é daqui.” 37 Pilatos disse a Jesus: Então tu és rei?” Jesus respondeu: Você está dizendo que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade, ouve a minha voz.”
Comentário:
Pilatos convoca Jesus para o interrogar, pois os adversários o acusavam de se proclamar rei. Nesse diálogo, Jesus esclarece a natureza de sua missão e afirma que seu reino “não é deste mundo”. Mas, que tipo de rei ele é? Eis uma questão que provoca tanto questionamento ainda em nossos dias. Ao dizer que seu reinado não é deste mundo, muitos tomam isso como motivo para se desligar dos acontecimentos do cotidiano; justificam a fuga das responsabilidades e se fecham em suas práticas devocionais. Isso está longe da proposta de Jesus. O reinado de Jesus é de paz, justiça e fraternidade. Valores que compõem a proposta de Jesus e que seus seguidores são chamados a concretizar sempre mais. Tarefa nada fácil, mas necessária; caso contrário, o “projeto de Deus” continuará sempre longe. Jesus não quer usurpar nenhum poder constituído, apenas propõe outro modelo: um poder a serviço dos mais pobres e necessitados. Opção preferencial que a Igreja da América Latina assumiu.