segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Lucas 11, 29-32 O grande sinal.


* 29 Quando as multidões se reuniram, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração . Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30 De fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31 No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará contra os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32 No dia do julgamento, os homens da cidade de Nínive ficarão de contra esta geração. Porque eles fizeram penitência quando ouviram Jonas pregar. E aqui está quem é maior do que Jonas.”
Comentário:
O resultado da ação missionária de Jesus parece não corresponder às suas expectativas. Muita semeadura, mas colheita escassa; preciosos ensinamentos, porém caídos em terreno árido. A decepção se dá, não porque Jesus trabalha demais e vê poucos frutos; afinal, ele é um mestre sem preguiça. Ele se aborrece porque “essa geração é uma geração má”: todos aqueles que não se abrem aos valores do Reino de Deus. Com efeito, Jonas prega aos pagãos e obtém resultados mais que satisfatórios; Salomão é procurado pela rainha de Sabá, que vem de longe para escutar a sua sabedoria. Tanto os ninivitas, quanto a rainha do Sul, foram dóceis à pregação dos profetas de Deus. Essa geração, ao invés, ignora a presença e a voz do próprio Filho de Deus. No julgamento, prestarão contas de sua escolha.

domingo, 14 de outubro de 2018

Marcos 10, 17-30 O Reino é dom e partilha.


-* 17 Quando Jesus saiu de novo a caminhar, um homem foi correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” 18 Jesus respondeu: “Por que você me chama de bom? Só Deus é bom, e ninguém mais. 19 Você conhece os mandamentos: não mate; não cometa adultério; não roube; não levante falso testemunho; não engane; honre seu pai e sua mãe.”20 O homem afirmou: Mestre, desde jovem tenho observado todas essas coisas.” 21 Jesus olhou para ele com amor, e disse: Falta só uma coisa para você fazer: , venda tudo, o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me.”22 Quando ouviu isso, o homem ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque ele era muito rico.
23 Jesus então olhou em volta e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24 Os discípulos se admiraram com o que Jesus disse. Mas ele continuou: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25 É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus!”26 Os discípulos ficaram muito espantados quando ouviram isso, e perguntavam uns aos outros: Então, quem pode ser salvo?” 27 Jesus olhou para os discípulos e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível.”
28 Pedro começou a dizer a Jesus: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.” 29 Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e da Boa Notícia, 30 vai receber cem vezes mais. Agora, durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna. 31 Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.”
Comentário:
Um rico aproximou-se de Jesus, querendo saber como conquistar a “vida eterna”. O Mestre mostrou-lhe o caminho dos mandamentos, que o rico já conhecia. O próximo passo foi o convite para partilhar a riqueza. Essa proposta não agradou nada, deixou o homem triste e distante de Jesus, que declarou: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus”. Os ricos nem sempre estão dispostos a partilhar com os pobres. Pior ainda, quando não aceitam a promoção dos pobres, não se dispõem a conviver com os pobres, destilando até ódio contra eles. Jesus diz também que o “Reino de Deus é dos pobres”.  Ora, se  os ricos não estão dispostos a partilhar a vida e conviver com os pobres, como vão querer viver no “reino dos pobres”? A Igreja na América Latina fez sua opção preferencial pelos pobres e o papa Francisco não se cansa de repetir: “Quero uma Igreja pobre, para os pobres”. E continua: “Não nos esqueçamos de que a verdadeira caridade dói: não seria válido um despojamento sem essa dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói. A atenção pelos pobres está no evangelho e na tradição da Igreja, não é uma invenção do comunismo e não devemos fazer dela uma ideologia”.